EUA impõem caução de até US$ 15 mil para vistos de turismo e negócios
Brasil ficou fora da lista inicial
5 AGO 2025 • POR Carla Andréa, com g1 • 17h09O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta terça-feira (5), a implementação de um projeto-piloto que exigirá caução de até US$ 15 mil (cerca de R$ 82 mil) para concessão de vistos de turismo (B-2) e negócios temporários (B-1).
A medida começará a valer em 20 de agosto e, por enquanto, atinge apenas cidadãos de Zâmbia e Malaui, segundo informou o Departamento de Estado. O Brasil não está incluído na lista inicial, mas o governo americano não descarta a ampliação para outros países.
O objetivo, segundo as autoridades norte-americanas, é reduzir o número de pessoas que entram legalmente no país e permanecem além do prazo permitido, caracterizando permanência ilegal.
A devolução do valor caução só ocorrerá após o visitante deixar os EUA dentro do período estabelecido pelo visto.
De acordo com o Departamento de Estado, o programa será testado por 12 meses e visa países que apresentem "altas taxas de permanência ilegal e sistemas de verificação considerados deficientes".
Durante o período, os agentes consulares poderão exigir cauções de US$ 5.000, US$ 10.000 ou US$ 15.000, com a expectativa de que o valor mais comum gire em torno dos US$ 10.000.
Gold Card: o caminho milionário para a cidadania
Paralelamente, o governo Trump lançou neste ano um programa chamado "Gold Card", voltado a imigrantes com alto poder aquisitivo.
O novo visto exige investimento mínimo de US$ 5 milhões (cerca de R$ 30 milhões) em empreendimentos nos EUA e abre caminho para a cidadania americana. Segundo Trump, o Gold Card trará mais benefícios do que o tradicional Green Card e será uma forma de impulsionar a economia e atrair mão de obra qualificada.
A iniciativa substitui o atual programa EB-5, que já concedia residência a estrangeiros que investissem em projetos geradores de emprego, mas que, segundo o governo, estaria vulnerável a fraudes e “preços baixos”.
O Gold Card, por outro lado, passa por um processo de triagem rigoroso e é tratado como produto de prestígio. O próprio Trump apresentou um protótipo do cartão, que exibe sua imagem ao lado da Estátua da Liberdade e da águia americana.
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