Política

Em coletiva no Congresso, Tereza Cristina defende votação da anistia

A medida faz parte de um "pacote da paz" que inclui o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e a PEC do fim do Foro Privilegiado

6 AGO 2025 • POR Sarah Chaves • 10h22
Parlamentares da oposição, durante entrevista coletiva nesta terça-feira - Mariana Ribas

Em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), parlamentares da oposição se reuniram, nesta terça-feira (5), na rampa do Congresso Nacional. A senadora Tereza Cristina (PP) se posicionou a favor da ‘pacificação’ do Brasil, que segundo o grupo, só será possível com a aprovação de medidas essenciais, como a anistia ampla e irrestrita.

Durante a manifestação, os parlamentares anunciaram a apresentação de um “pacote da paz” que inclui medidas como uma “anistia ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e a PEC do Fim do Foro Privilegiado.

“O Brasil precisa de pacificação, mas a pacificação não vai acontecer se não houver alguns passos que precisam ser dados. E nós podemos falar pela nossa Casa. O Congresso Nacional precisa colocar essas pautas que já foram faladas aqui pelos meus colegas em votação”, afirmou a senadora.

Tereza Cristina também sublinhou a importância do voto e da soberania das votações no Congresso, afirmando que o eleitor confiou aos parlamentares a responsabilidade de agir em nome do país. Para ela, a votação dessas pautas é o caminho para a pacificação do Brasil.

“A votação é soberana, o voto nós recebemos de cada um dos eleitores que votaram em nós para que nós viéssemos aqui e fizéssemos o nosso papel. As pautas precisam ser colocadas em votação para que o Brasil seja pacificado”, defendeu.

Entre os presentes estavam o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente; o vice-presidente da Câmara, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ); o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN); e a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

Segundo o senador Flávio Bolsonaro, o conjunto de propostas representa “uma solução para os problemas do Brasil”. Já o senador Rogério Marinho afirmou que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), precisa ter “estatura” para abrir o processo de impedimento contra o ministro Moraes.