Política

Presidentes da Câmara e do Senado repudiam ocupações e reforçam respeito às instituições

Dirigentes do Congresso destacam limites para protestos e importância do diálogo institucional

7 AGO 2025 • POR Sarah Chaves • 08h36
Hugo Motta e Davi Alcolumbre - Fotos: Bruno Spada/Câmara dos Deputados - Andressa Anholete/Agência Senado

Diante dos protestos realizados por parlamentares da oposição que ocuparam as mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os presidentes das duas Casas se pronunciaram de forma firme, ressaltando os limites da atuação parlamentar e o compromisso com o funcionamento das instituições democráticas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), repudiou as ações que interromperam os trabalhos legislativos na Casa e defendeu o respeito às normas regimentais. Segundo ele, “há limites para tudo, até quando ultrapassamos o nosso limite, há limites”. O deputado destacou ainda que “o respeito à Mesa é inegociável” e que sua presença no Plenário se deu “para que a autoridade da Presidência desta Casa seja respeitada”.

Motta reforçou que o Regimento Interno será respeitado. "Não vamos permitir que atos como os de ontem e de hoje possam ser maiores do que o Plenário e a vontade desta Casa".

Por sua vez, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP), também reagiu com firmeza às ocupações e protestos. Em pronunciamento, afirmou que "o Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento". "Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, afirma o presidente do Congresso.

Diante da ocupação da mesa do Senado, Alcolumbre convocou uma sessão deliberativa para esta quinta-feira (7), no formato semipresencial às 11h (de Brasília). A medida teve como objetivo garantir a continuidade dos trabalhos, incluindo a votação de propostas como a que isenta do Imposto de Renda pessoas que recebem até dois salários mínimos.