Política

Prefeito de Naviraí quer "derrubar" ação que barrou reajuste de salário para R$ 35 mil

Rodrigo Massuo Sacuno (PL) alega erro na forma como a ação foi proposta e defende a legalidade do reajuste

8 AGO 2025 • POR Vinícius Santos • 12h37
Rodrigo Massuo Sacuno - - Foto: Divulgação

O prefeito de Naviraí, Rodrigo Massuo Sacuno (PL), pediu à Justiça a extinção da ação popular que contesta o aumento de seu próprio salário de R$ 18 mil para R$ 35 mil mensais. 

A medida foi aprovada pela Lei Municipal nº 2.578/2024, atualmente suspensa por decisão liminar do juiz Eduardo Magrinelli Júnior. A ação que provocou a suspensão foi movida pelo advogado Daniel Ribas da Cunha, que apontou possível prejuízo de mais de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos, além de inobservância de legislações vigentes. 

Rodrigo Massuo recorreu ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), mas o desembargador Luiz Antônio Cavassa de Almeida manteve a suspensão da lei. Agora, ao se manifestar na Justiça, o prefeito alega que o advogado usou um meio processual inadequado para contestar a legislação, o que ele chama de “Inadequação da Via Eleita”. 

Segundo a defesa de Massuo, “o autor manipula as nomenclaturas usadas para mascarar o sentido e a finalidade da ação”, sugerindo que se trata, na prática, de um pedido de inconstitucionalidade da lei municipal.

O prefeito defende a legalidade do reajuste e argumenta que a suspensão da lei compromete a segurança jurídica, a autonomia do Legislativo e a estabilidade da administração. 

Alega ainda que o salário do prefeito serve como teto para os demais servidores, e que a suspensão poderá impactar diretamente, por exemplo, nos vencimentos de profissionais da saúde.

A administração municipal também publicou uma nota oficial alertando que a decisão judicial pode prejudicar serviços públicos. A Prefeitura afirma que, com a limitação nos salários, a Gerência de Saúde (GMS) poderá reduzir a carga horária dos médicos para não ultrapassar o teto salarial estabelecido com base no vencimento do chefe do Executivo.

O prefeito pede que a ação popular seja extinta sem julgamento do mérito e que todos os pedidos feitos na ação sejam considerados totalmente improcedentes. O caso segue em tramitação na Justiça.

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