Política

Camila Jara e Pollon estão na mira de representações na Corregedoria da Câmara

Os parlamentares podem ter mandato suspenso por até seis meses

9 AGO 2025 • POR Sarah Chaves • 10h12
Camila Jara e Marcos Pollon - Reprodução

Os parlamentares envolvidos em tumultos no plenário da Câmara dos Deputados nesta semana passaram a ser alvo de representações por quebra de decoro, com pedidos de abertura de processo disciplinar e suspensão dos mandatos por até seis meses. Entre os citados estão o deputado Marcos Pollon (PL), por participação em protesto contra a prisão de Jair Bolsonaro, e a deputada Camila Jara (PT), por envolvimento em um confronto com o deputado Nikolas Ferreira (PL).

Os deputados Marcel Van Hattem (Novo), e Sóstenes Cavalcante (PL), apresentaram uma representação à Corregedoria da Câmara dos Deputados contra Camila Jara em razão do episódio em que ela empurra Nikolas no plenário da Câmara.

Já Marcos Pollon é acusado, junto com outros cinco deputados, de impedir o andamento da sessão parlamentar ao sentar-se na cadeira da Presidência da Casa comandada por Hugo Motta. As representações foram protocoladas por líderes de partidos governistas, Lindbergh Farias (PT), Pedro Campos (PSB-PE) e Talíria Petrone (PSOL-RJ), e apontam condutas consideradas graves por parte do parlamentar.

Hugo Motta já havia adiantado que a Mesa avaliaria os casos em reunião na sexta-feira (8). “Acho que deve haver punição, porque o que aconteceu foi muito grave. Precisamos ser pedagógicos para que não se repita”, declarou.

E no final da noite a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados divulgou nota informando que decidiu-se "pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise", diz a nota.

A solicitação pede a abertura de processos disciplinares e suspensão cautelar dos mandatos dos representados por seis meses. O pedido de suspensão do mandato será analisado pelo Conselho de Ética.

Além de Marcos Pollon, também são alvos dos governistas:

Paulo Bilynskyj (PL-SP): acusado de agredir o jornalista Guga Noblat e de “tomar de assalto” a Mesa da Câmara;

Júlia Zanatta (PL-SC): acusada de colocar o filho no colo durante o protesto, usando a criança como “escudo” e expondo-a ao risco;

Zé Trovão (PL-SC): apontado por impedir fisicamente o acesso do presidente da Câmara à cadeira da Presidência;

Marcel Van Hatten (Novo-RS): acusado de ocupar a cadeira da Presidência de forma irregular e dificultar a retomada dos trabalhos.

Outros citados são:
 

Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);

Nikolas Ferreira (PL-MG);

Zucco (PL-RS);

Allan Garcês (PL-TO);

Caroline de Toni (PL-SC);

Marco Feliciano (PL-SP);

Bia Kicis (PL-DF);

Domingos Sávio (PL-MG);

Carlos Jordy (PL-RJ);