Justiça

Hugo Motta diz que não é razoável conceder anistia a quem "planejou matar pessoas"

O presidente da Câmara ressaltou que "há uma preocupação com penas exageradas e isso, talvez, consiga unir o sentimento médio da Casa"

19 AGO 2025 • POR Vinícius Santos • 13h12
Hugo Motta - - Foto: Agência Câmara de Notícias

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou em entrevista à GloboNews que não irá ceder à chantagem de pautar o projeto da anistia, proposto pela oposição durante a ocupação do Plenário da Casa na semana passada, mas também declarou que “não tem preconceito com nenhuma pauta”. 

Segundo Motta, havendo maioria no Colégio de Líderes para votar a proposta (PL 2858/22), o tema pode ir ao Plenário. Motta reforçou que não irá negociar as prerrogativas do presidente e lembrou que as exigências da oposição para desocupar a mesa do Plenário não entraram na pauta desta semana.

De acordo com o presidente, “não vejo ambiente para anistia ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro e acusados de planejar um golpe de Estado. Ele disse que é possível negociar um texto que revise as penas de condenados com participação menor nos ataques às instituições e que suavize o regime de cumprimento. Segundo Motta, não é razoável conceder anistia a quem “planejou matar pessoas”.

“Há preocupação com pessoas que não tiveram papel central e que, pela cumulatividade das penas, tiveram penas altas, e em uma reavaliação das penas possam ir para um regime mais suave. Há uma preocupação com penas exageradas e isso, talvez, consiga unir o sentimento médio da Casa”, afirmou o presidente.

“Da mesma forma que tivemos a condição política de não ceder à chantagem dessa pauta, não podemos ter preconceito com pautas. As pautas devem continuar a ser trazidas, e o Colégio de Líderes decide se têm maioria para serem levadas ao Plenário ou não”, disse Motta.

O presidente destacou que os eventos de 8 de janeiro foram graves e que o objetivo é evitar que situações semelhantes se repitam. “Ninguém quer fazer nada na calada da noite, de forma atropelada, porque o que aconteceu em 8 de janeiro foi muito grave e muito triste para a nossa democracia”, acrescentou.

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