Justiça

Juiz decreta prisão de motorista que causou acidente e matou criança em Campo Grande

O juiz Aluizio Pereira dos Santos acatou o parecer do Ministério Público, mantendo Marcos Vinícius Francelino preso

25 AGO 2025 • POR Vinícius Santos • 11h08
Miguel faleceu no acidente de trânsito - Redes Sociais

Foi decretada nesta segunda-feira (25) a prisão preventiva de Marcos Vinícius Francelino, de 39 anos, motorista do Renault Logan envolvido no acidente que resultou na morte de Miguel Nunes Alves Bezerra, de 7 anos, no Jardim Tijuca, em Campo Grande, na noite de sábado (23).

O acidente aconteceu no cruzamento da Avenida Conde de Boa Vista com a Rua Rio da Prata. Conforme apuração, Marcos Vinícius admitiu ter ingerido cerca de quatro latas de cerveja. O teste do bafômetro apontou 0,65 mg/l de álcool, confirmando o crime de trânsito. Além disso, ele não teria respeitado a sinalização de “pare”. 

A decisão pela prisão foi do juiz plantonista Aluizio Pereira dos Santos, após representação do delegado Lucas Venditto Basso e parecer favorável da promotora de Justiça Clarissa Carlotto Torres, do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

Na decisão, o magistrado destacou que o motorista estava alcoolizado, possivelmente em alta velocidade e desrespeitou a sinalização, indicando a possibilidade de dolo eventual — quando o autor não deseja diretamente o resultado, mas assume o risco. Com isso, o caso poderá ser encaminhado ao Tribunal do Júri, competente para julgar crimes dolosos contra a vida.

“Embora a autoridade policial tenha, inicialmente, tipificado a conduta como crime de trânsito culposo, entendo necessária a adequação provisória para crime doloso contra a vida (dolo eventual)”, escreveu o juiz na decisão.

O magistrado converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, com base nos artigos 312 e 313 do Código de Processo Penal (CPP), para garantir a ordem pública e evitar riscos de novas infrações, além de assegurar a investigação.

A defesa do motorista pediu a liberdade, alegando que ele é primário, tem residência fixa e trabalho, e que a prisão seria desproporcional, considerando que uma eventual condenação não resultaria em regime inicial fechado. Contudo, os argumentos não foram aceitos.

Marcos Vinícius permanece preso e só poderá tentar um novo pedido de liberdade por meio de outros recursos jurídicos. O caso deve seguir sendo investigado.

Assista ao momento do acidente: 

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