Política

Veto ao "Ar no Busão" deve entrar na pauta da Câmara na próxima semana

O autor da proposta, vereador Landmark, já iniciou articulações com outros parlamentares

25 AGO 2025 • POR Sarah Chaves • 13h25
Foto: Pedro Roque/Ascom

O veto da prefeita Adriane Lopes (PP) ao Projeto de Lei nº 11.636/2025, que exige ar-condicionado em todos os novos ônibus do transporte coletivo de Campo Grande, deve entrar na pauta da Câmara Municipal nos próximos dias. O autor da proposta, vereador Landmark Rios (PT), já iniciou articulações com outros parlamentares para derrubar o veto e garantir a promulgação da lei.

Em conversa com o JD1, Landmark afirmou que já dialogou com colegas do Legislativo e está confiante. “Esse projeto não inviabiliza o poder público, não gera necessidade de reajuste ou aumento. É para adquirir o ônibus novo já com ar-condicionado, sem gerar novas despesas”, justificou.

A proposta, aprovada por ampla maioria na Casa, ficou conhecida como “Ar no Busão” e atende a uma demanda antiga da população, que enfrenta o calor intenso dentro dos veículos do transporte coletivo. O texto determina que todos os novos ônibus incorporados à frota já venham com sistema de climatização.

A prefeita alegou, ao vetar o projeto, que ele não apresenta estimativa de impacto financeiro e interfere em contratos de concessão já existentes, o que violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal. Para Landmark, esses argumentos não se sustentam.

“Falta sensibilidade com a população. Se não há previsão contratual, basta a Prefeitura fazer um aditivo. Não há ilegalidade constitucional. O que falta é vontade política da atual gestão”, criticou.

O projeto teve apoio técnico do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte coletivo da Capital. O ex-diretor João Rezende e o atual presidente, Themis de Oliveira, participaram do processo de elaboração e ajustes da proposta junto ao vereador. 

O projeto conta com coautoria de sete vereadores de diferentes partidos, como Jean Ferreira (PT), Luiza Ribeiro (PT), Rafael Tavares (PL), Ana Portela (PL), André Salineiro (PL), Ronilço Guerreiro (Podemos) e Wilson Lands (Avante).

Se o veto for derrubado pela maioria dos vereadores, a medida será promulgada e entrará em vigor. Caso contrário, o projeto será arquivado.