Polícia

Após matar criança, estuprador trabalhou a tarde com o pai da vítima em Campo Grande

Marcos William Teixeira Timóteo morreu em confronto com policiais do GOI

28 AGO 2025 • POR Luiz Vinicius e Sarah Chaves • 11h39
Emanuelly foi estuprada e morta - Redes Sociais

Marcos William Teixeira Timóteo, de 20 anos, acusado de estuprar e matar Emanuelly Victoria Souza Moura, de 6 anos, nesta quarta-feira (27), em Campo Grande, havia passado a tarde trabalhando com o pai da vítima.

A informação foi revelada pelo próprio genitor da criança, David Bernardes, de 26 anos, que apontou que o sequestro da filha aconteceu no período da manhã, por volta das 8h.

"Quando foi 11 horas, ele voltou. Nisso que ele voltou, ele foi comigo fazer uma diária de serviço e ficou a tarde inteira comigo e minha filha lá na casa dele, morta", frisou.

David relembrou que ficou desesperado quando soube do desaparecimento da filha e notou que no final da tarde, William foi embora - ele suspeita que essa saída teria sido para enterrar a criança.

"Ele viu que não ia dar tempo e fugiu". Emanuelly foi encontrada debaixo da cama na residência do acusado, na Vila Carvalho. Ela estava enrolada em uma coberta, com fita adesiva, dentro de uma banheira de bebê.

O pai da criança enfatizou que a filha tinha uma rotina e sempre ficava com a avó, mas dessa vez, a vítima havia sido sequestrada. A família só foi identificar o suspeito após analisar câmeras de segurança de um estabelecimento comercial, que mostra o momento em que Marcos William aparece ao lado de Emanuelly.

Confronto - Conforme divulgado pela Polícia Civil, o acusado entrou em confronto com policiais do GOI (Grupo de Operações e Investigações) durante a manhã, em uma zona rural de Campo Grande, na saída para Rochedo.

Ele estava armado e ao tentar ser abordado, reagiu e houve troca de tiros entre o estuprador e policiais. Atingido, Marcos foi socorrido ainda com vida para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, no entanto, não resistiu e faleceu.

Acusações e passagens - Neste crime contra Emanuelly, ele responderia por sequestro e cárcere privado, estupro de vulnerável, homicídio qualificado, vilipêndio a cadáver e ocultação de cadáver.

Porém, ele já tinha outras passagens por estupro de vulnerável, furto e injúria. Ele também foi alvo de uma tentativa de homicídio quando estava internado na UNEI, ao tentar estuprar uma adolescente.