Justiça

Homem é condenado a 24 anos de prisão por executar o "Opalão do PCC" em Campo Grande

O homicídio de Matheus Pompeu Dias, ocorreu na avenida Ana Rosa Castilho Ocampos, região norte de Campo Grande; um policial militar chegou a trocar tiros com o acusado durante o crime

4 SET 2025 • POR Vinícius Santos • 16h35
O autor do crime foi preso instantes depois - Foto: Luiz Vinicius

Eriton Amaral de Souza, de 31 anos, o “Tonzinho”, foi condenado a 24 anos e 9 meses de reclusão pelo assassinato de Matheus Pompeu Dias, o “Opalão do PCC”. O crime ocorreu em 21 de março de 2024, na avenida Ana Rosa Castilho Ocampos, região norte de Campo Grande. 

O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (4), em júri popular, e também envolveu a tentativa de homicídio contra o policial militar Thiago Martines Dias, que presenciou a execução de Matheus.

Durante o julgamento, a defesa apresentou pedidos de diminuição de pena e exclusão de qualificadoras no homicídio, absolvição por legítima defesa putativa na tentativa de homicídio contra o policial, absolvição no porte ilegal de arma de fogo e na adulteração de sinal identificador de veículo. O Conselho de Sentença rejeitou todas as teses da defesa.

“Tonzinho” foi condenado por homicídio qualificado, pelos incisos I e IV do artigo 121, §2º, do Código Penal, em relação a Matheus Pompeu Dias; tentativa de homicídio contra o policial Thiago Martines Dias, artigo 121, caput, c/c art. 14, inciso II, com afastamento da qualificadora do §2º, inciso VII; porte ilegal de arma de fogo, art. 14 da Lei nº 10.826/03; e adulteração de sinal identificador de veículo, art. 311, §2º, inciso III, do Código Penal. 

A sentença foi proferida pelo juiz Carlos Alberto Garcete, presidente da 1ª Vara do Tribunal do Júri. O regime inicial de cumprimento da pena será fechado. “Tonzinho” já estava preso desde o crime e permanecerá detido, podendo recorrer da condenação sem direito à liberdade provisória.

Motivação - A investigação apontou que a motivação do crime estaria ligada a uma rixa antiga entre Eriton e Matheus. Em 2015, enquanto estavam no mesmo presídio, os dois se desentenderam durante uma partida de futebol, episódio que resultou em agressões e ameaças. 

Após deixar a prisão, Eriton relatou ter sido vítima de um atentado enquanto estava com a esposa grávida. O bebê nasceu prematuro e morreu aos 1 ano e 9 meses, o que foi citado como motivo para a execução de Matheus Pompeu Dias.

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