Economia

Em MS, 70% querem comprar imóvel e estoque pode acabar em quatro meses

Os dados são do Censo Imobiliário do 2° trimestre de 2025, divulgados nesta terça-feira

9 SET 2025 • POR Taynara Menezes • 15h10
Apartamentos são os mais desejados (46%), seguidos das casas de rua (41%) - Foto: Diogo Gonçalves

Mato Grosso do Sul tem vivenciado um boom imobiliário, o Censo Imobiliário do 2º trimestre de 2025, divulgado nesta segunda-feira (09) pelo Sinduscon-MS, em parceria com a Brain Inteligência Estratégica e apoio do Senai/MS, revela que 70% da população pretende adquirir um imóvel nos próximos dois anos.

Diante desse cenário, a procura intensa pressiona o mercado de Campo Grande, que já enfrenta risco de desabastecimento. Caso não haja novos lançamentos, o estoque atual pode se esgotar em até quatro meses, segundo o estudo.

O presidente do Sinduscon/MS, Kleber Recalde, explica que a força da economia local tem impulsionado o apetite por moradia.

“Temos uma economia que se destaca no cenário nacional e uma oferta menor em relação à demanda. Além disso, a geração de emprego e renda no estado é superior à média do país, o que significa mais famílias buscando moradia e qualidade de vida. Esse é um momento bastante favorável para o setor em Campo Grande”, destacou.

De acordo com a pesquisa, apartamentos são os mais desejados (46%), seguidos das casas de rua (41%). O principal motivo apontado para a compra é sair do aluguel, citado por quase metade (48%) dos entrevistados.

Quando se trata do país, os dados continuam bons, a intenção de compra no Brasil alcançou 49% da população com renda acima de R$ 2,5 mil, o maior índice já registrado. 

Apesar do otimismo, especialistas alertam que a velocidade da demanda exige atenção. “O Censo Imobiliário não é apenas um retrato do mercado, mas uma bússola. Ele nos dá clareza para investir com responsabilidade e planejar o futuro da construção civil em Campo Grande”, reforçou Recalde.