Clima

Aldeias Kadiwéu recebem oficinas sobre mudanças climáticas e COP30

Nos dias 10 e 12 de setembro, as aldeias Alves de Barros e Tomázia recebe Sineia do Val reconhecida internacionalmente

9 SET 2025 • POR Taynara Menezes • 17h10
As atividades serão conduzidas por Sineia do Vale, liderança Wapichana reconhecida internacionalmente - Foto: Conselho Indígena Roraima

As aldeias Alves de Barros e Tomázia, na Terra Indígena Kadiwéu, em Porto Murtinho (MS), recebem oficinas sobre mudanças climáticas e a participação indígena na COP30. A ação acontece nos dias 10 e 12 de setembro.

A iniciativa faz parte do projeto Vidas e Vozes Kadiwéu, realizado pelo Instituto Terra Brasilis em parceria com a Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e conta com apoio da ACIRK, Wetlands International Brasil, Mupan e Funai.

As atividades serão conduzidas por Sineia do Vale, liderança Wapichana reconhecida internacionalmente, co-presidente do Fórum Internacional de Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas e cientista indígena enviada especial à COP30. Também participam representantes da Funai e a indigenista Patrícia Zuppi.

“Este é um momento de preparação para a COP30, quando precisamos garantir que as vozes dos povos indígenas ecoem nos espaços globais de decisão climática. Levaremos a importância da demarcação de terras indígenas como uma política de clima”, afirmou Sineia.

A mobilização ocorre em meio à crise ambiental no Pantanal. Em 2024, 70% da Terra Indígena Kadiwéu foi atingida pelo fogo, segundo o LASA-UFRJ.

A COP30 será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA), a primeira na Amazônia e marco de 10 anos do Acordo de Paris. Para os povos indígenas, é uma oportunidade de levar às negociações internacionais pautas como a demarcação de terras e políticas de adaptação climática.