Internacional

Hamas analisa proposta de Trump para encerrar conflito em Gaza

A proposta dos EUA prevê cessação de grupos armados e anistia para membros da organização

30 SET 2025 • POR Sarah Chaves, com CNN • 10h52
Tanque de Israel perto da fronteira com a Faixa de Gaza - Foto: Jack Guez / AFP

O Hamas afirmou nesta terça-feira (30) que está avaliando a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, mas não deu um prazo para uma resposta. Israel já aceitou o plano apresentado por Trump na segunda-feira (29).

Segundo uma fonte anônima do Hamas, o grupo iniciou uma série de consultas internas e externas, que podem levar vários dias devido à complexidade da situação, especialmente após a agressão israelense em Doha.

Trump pressionou o Hamas e deu um prazo de "3 a 4 dias" para o grupo responder. "Vamos esperar 3 a 4 dias. Os países árabes e muçulmanos já estão a bordo, Israel também. Estamos apenas esperando pelo Hamas. Se não aceitarem, será um triste fim, pois não há muito espaço para negociações", afirmou o presidente dos EUA.

A proposta de Trump, composta por 20 pontos, prevê a Faixa de Gaza como uma zona livre de grupos armados, com membros do Hamas recebendo anistia caso entreguem suas armas e se comprometam com a convivência pacífica.

O Hamas, por meio de sua fonte, afirmou que dará uma resposta que refletirá a posição do grupo e dos movimentos de resistência palestinos. Outra fonte palestina confirmou que o plano está sendo analisado.

Em coletiva de imprensa, Trump ameaçou adotar medidas militares para eliminar o Hamas de forma definitiva caso o grupo rejeite a proposta. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também apoiou o plano e afirmou que Israel continuará a ofensiva se o acordo não for alcançado. 

O governo do Catar, por meio de seu porta-voz Majed al-Ansari, anunciou que realizará conversas com negociadores do Hamas e o governo turco para discutir a proposta de Trump, indicando que o Catar voltou a atuar como mediador após Israel se desculpar pelo ataque a membros do Hamas em Doha.