Economia

Mesmo com entressafra no campo, MS abre mais de 2,7 mil vagas formais em agosto

Construção civil e indústria puxam geração de postos de trabalho no Estado, enquanto a agropecuária sente impacto do vazio sanitário da soja

30 SET 2025 • POR Taynara Menezes • 17h29
Construção civil e indústria puxam geração de postos de trabalho no Estado - Foto: Álvaro Rezende/Secom

Enquanto o campo enfrenta o início do vazio sanitário da soja, o restante da economia sul-mato-grossense continua movimentado. Mato Grosso do Sul fechou agosto com saldo positivo de 2.718 empregos com carteira assinada, impulsionado principalmente pelos setores de Construção, Indústria, Serviços e Comércio.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Observatório do Trabalho de MS, com base nas informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho e Emprego. No total, o mês registrou 35.566 admissões contra 32.848 desligamentos.

O setor da Construção liderou o saldo de agosto, com 1.140 vagas abertas, seguido pela Indústria (650), Serviços (571) e Comércio (532).

Já a Agropecuária foi o único setor com desempenho negativo, fechando 175 vagas, em razão do vazio sanitário da soja, que vai de 15 de junho a 15 de setembro e reduz temporariamente a demanda por mão de obra no campo.

“Mesmo em um cenário de sazonalidade, como é o caso da agropecuária no período de entressafra, o Estado segue ampliando oportunidades em setores estratégicos como a construção, a indústria e os serviços”, avaliou Esaú Aguiar, secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc.

Apesar disso, o Estado segue com ritmo consistente de crescimento no emprego formal. De janeiro a agosto, Mato Grosso do Sul já acumula 29.861 novas vagas, o que representa um crescimento de 2,63% no estoque de empregos em relação ao ano anterior.

No ranking nacional de empregabilidade, MS aparece na 15ª posição, com saldo de 17.964 empregos gerados nos últimos 12 meses. A taxa de rotatividade ficou em 32,65%, praticamente alinhada à média nacional (32,98%).

“Estamos no caminho certo, investindo na formação profissional e criando condições para que as empresas gerem mais empregos e renda para a população sul-mato-grossense”, reforçou Aguiar.

Cidades que mais contrataram

Campo Grande: +645

Nova Alvorada do Sul: +302

Ribas do Rio Pardo: +292

Dourados: +233

São Gabriel do Oeste: +225

Aparecida do Taboado e Três Lagoas: +170 cada

Paranaíba: +125

Bataguassu: +116

Chapadão do Sul: +107

Já os maiores saldos negativos ocorreram em cidades mais ligadas ao agronegócio, como Água Clara (-184), Costa Rica (-67) e Caarapó (-63), refletindo os impactos sazonais da produção agrícola.