Polícia

Adolescente se inspiram em ataques na internet e planejam massacre em escola de Dourados

O plano foi frustrado pelos professores da instituição, que viram a atitude suspeita dos menores

1 OUT 2025 • POR Brenda Assis • 17h14
O caso foi descoberto na manhã de ontem - Foto: Osvaldo Duarte

Três adolescentes foram apreendidos com facas dentro da Escola Municipal Indígena Francisco Meireles durante a manhã de terça-feira (30), em Dourados. Eles planejavam fazer um massacre na instituição.

Conforme o registro policial, divulgado pelo site Dourados News, as equipes da Guarda Municipal foram acionadas para ir até o endereço, onde os menores já estavam contidos na sala da direção, junto de professores.

Os estudantes são de turmas diferentes e, há dias, vinham trocando informações e discutindo estratégias para executar o massacre. Um dos envolvidos, de 14 anos, relatou que a ideia surgiu a partir da organização de um “massacre na escola” e que buscavam inspiração em casos semelhantes vistos na internet.

Os meninos então aprenderam que seria melhor agir em grupo, posicionar-se de costas para a parede, portar mochilas pesadas e se revezar em entradas e saídas das salas, escolhendo momentos estratégicos como o intervalo. 

Dois deles estavam armados com facas de 25 e 35 centímetros, enquanto o terceiro levava anotações e desenhos com símbolos nazistas. Um dos episódios que levantou suspeita ocorreu quando a professora de Geografia, apontada como alvo pelos adolescentes, entrou em uma sala e percebeu os três encostados contra a parede, em silêncio e isolados dos demais colegas. 

Ainda segundo o site, ela tentou conversar e questionar o comportamento, mas os menores não responderam, o que reforçou a desconfiança. Pouco depois, outro professor abordou um dos adolescentes, que se recusava a abrir a mochila. 

O objeto aparentava estar pesado e, ao ser inspecionado pela direção, foram encontradas as facas. A Guarda Municipal foi então acionada. De acordo com o boletim, um dos menores ainda tentou disfarçar a arma dentro da mochila e resistiu a entregá-la quando solicitado. Apesar da gravidade da situação, ninguém ficou ferido.

Após a apreensão, os adolescentes e testemunhas foram encaminhados à DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde ficaram à disposição da Justiça.