Condenado por matar "Opalão do PCC" tenta anular julgamento em recurso
Eriton Amaral de Souza, condenado pelo assassinato de Matheus Pompeu Dias, pede a anulação do júri popular realizado em setembro deste ano
3 OUT 2025 • POR Vinícius Santos • 10h37Eriton Amaral de Souza, de 31 anos, o “Tonzinho”, condenado a 24 anos e 9 meses de reclusão pelo assassinato de Matheus Pompeu Dias, o “Opalão do PCC”, entrou com recurso na Justiça pedindo a anulação do julgamento realizado pelo Tribunal do Júri.
No pedido, a defesa de “Tonzinho” alega que a sentença seria, em tese, manifestamente contrária às provas apresentadas, questionando o reconhecimento, pelos jurados, das qualificadoras do homicídio previstas no artigo 121, § 2º, incisos I (motivo torpe) e IV (recurso que dificultou a defesa da vítima) do Código Penal.
Além disso, a defesa argumenta a ausência de animus necandi (intenção de matar) em relação a Thiago Martines Dias, policial militar que teria tentado abordar “Tonzinho” no momento em que ele começou a atirar contra “Opalão do PCC”.
O policial interveio para conter o acusado, que acabou preso logo após cometer o homicídio. O crime aconteceu em 21 de março de 2024, na avenida Ana Rosa Castilho Campos, na região norte de Campo Grande, em plena luz do dia.
O recurso também solicita a reforma da sentença em relação aos crimes de porte de arma de fogo, alegando que seria apenas um “meio” para a prática do homicídio, aplicando-se o princípio da consunção, e em relação à adulteração de sinal identificador de veículo automotor, por suposta ausência de autoria.
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) já se manifestou contra os pedidos da defesa, destacando que o “inconformismo do recorrente não possui fundamentação”, especialmente em relação ao reconhecimento da qualificadora do artigo 121, § 2º, inciso IV, no homicídio de Matheus Pompeu Dias.
O recurso será agora remetido aos desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) para análise e deliberação.
Motivação - A investigação apontou que a motivação do crime estaria ligada a uma rixa antiga entre Eriton e Matheus. Em 2015, enquanto estavam no mesmo presídio, os dois se desentenderam durante uma partida de futebol, episódio que resultou em agressões e ameaças.
Após deixar a prisão, Eriton relatou ter sido vítima de um atentado enquanto estava com a esposa grávida. O bebê nasceu prematuro e morreu aos 1 ano e 9 meses, o que foi citado como motivo para a execução de Matheus Pompeu Dias.
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