Justiça

Empresários e servidores são condenados por fraude em licitações do Hospital Regional

Os requeridos condenados pela prática de ato de improbidade administrativa

6 OUT 2025 • POR Vinícius Santos • 09h22
Portaria Hospital Regional - - Foto: Reprodução HRMS

A Justiça de Campo Grande condenou seis pessoas, entre empresários e servidores públicos, por envolvimento em um esquema de fraudes em licitações que causou prejuízo estimado em quase R$ 12 milhões aos cofres públicos, no âmbito do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS). 

A sentença, proferida pelo juiz Giuliano Máximo Martins, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, é resultado de uma ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS).

Conforme as investigações do Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), as irregularidades foram cometidas em contratos firmados há cerca de dez anos, e envolviam direcionamento de certames, manipulação de cotações e superfaturamento de produtos hospitalares. À época, o desvio identificado era de aproximadamente R$ 5,6 milhões, valor que, com a atualização monetária e juros, chega a R$ 12 milhões.

Foram condenados por improbidade administrativa:

Os servidores públicos foram responsabilizados por manipular mapas de preços, suspender licitações sem justificativa técnica e autorizar alterações contratuais que beneficiaram diretamente empresas envolvidas. Já os empresários foram condenados por apresentar cotações superfaturadas e coordenadas entre si, o que violou a competitividade e a transparência dos processos licitatórios.

Absolvidos - O juiz julgou improcedente o pedido do MPMS em relação a dois réus:

A absolvição ocorreu devido à ausência de provas que comprovassem participação direta nos atos ilícitos.

Sanções aplicadas
A decisão determina o ressarcimento integral do dano ao erário, com multa civil equivalente ao prejuízo causado, além da correção monetária e juros desde junho de 2016.
Os condenados também ficam proibidos de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais por até quatro anos, conforme o grau de envolvimento no esquema.

A operação - As fraudes foram descobertas durante a Operação Reagente, deflagrada em 30 de novembro de 2018 pelo Gecoc. Na ocasião, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Ribeirão Preto e São Paulo.

O nome da operação faz referência aos reagentes químicos comprados de forma irregular para uso em exames laboratoriais no Hospital Regional. A decisão judicial reconheceu a prática de atos que violaram os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e eficiência da administração pública.

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