Servidores do Incra eram usados em fraudes de áreas da União para grilagem em MS
Além deles, um órgão municipal também estaria emitindo documentos para 'legalizar áreas invadidas'
7 OUT 2025 • POR Luiz Vinicius • 10h22Operação da Polícia Federal em Corumbá, nesta terça-feira (7), voltou a desarticular uma organização criminosa que usava servidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para fraudar documentos com o objetivo de grilar áreas da União.
A operação aconteceu em Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande, e na primeira fase da operação, que apurou crimes de incêndio e desmatamento, revelou que as queimadas eram a etapa inicial de um esquema de grilagem.
As investigações posteriores identificaram que servidores do INCRA e de um órgão municipal estariam emitindo documentos para legalizar as áreas invadidas, mediante pagamento.
Com base nos elementos colhidos pela PF, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou o bloqueio de R$ 212 milhões do patrimônio dos investigados e uma condenação de R$ 725 milhões por danos.
Os investigados poderão responder pelos crimes de incêndio, desmatamento, grilagem de terra, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e também por associação criminosa.