Juiz manda para a prisão grupo suspeito de execução premeditada no Pedrossian
Deyvis Ecco considerou a gravidade da situação, a emboscada armada contra a vítima e a necessidade de garantia da ordem pública
9 OUT 2025 • POR Vinícius Santos • 11h50Em decisão tomada na manhã desta quinta-feira (9), o juiz Deyvis Ecco, atuando no plantão de audiências de custódia em Campo Grande, decretou a prisão preventiva de cinco jovens suspeitos de envolvimento na execução de Luan Felipe Santana Pereira, morto a tiros na noite de terça-feira (7), no bairro Maria Aparecida Pedrossian, na Capital.
Os investigados Eduardo Kim Miranda de Oliveira (20 anos), Vinícius Cesar de Souza Moreira (21 anos), Rafael de Luca Mareco Cardoso (21 anos), Matteo Dalmati da Rosa (20 anos) e Geovany dos Santos (24 anos) já estavam detidos desde a data do crime. A decisão do magistrado determina que todos sejam encaminhados ao presídio.
O motorista do veículo utilizado no crime, Marcos Vinicius Lima Recalde (23 anos), dirigia um Volkswagen Taos que levou o grupo até o local do homicídio, a Praça dos Amigos. Ele chegou a ser conduzido pelo Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) para prestar esclarecimentos, mas foi liberado, já que as investigações apontaram que Marcos não tinha conhecimento prévio da intenção de matar a vítima.
No entanto, ele presenciou o crime de dentro do carro, confirmando que havia sido chamado por Rafael de Luca Mareco Cardoso. Segundo a investigação preliminar, Rafael foi o responsável por arquitetar o encontro com a vítima, acompanhado dos demais que agora estão presos preventivamente.
A ação criminosa envolveu o uso de um revólver calibre 32, apreendido durante operação do BPChoque. A arma pertencia a Matteo Dalmati da Rosa, que teria pago R$ 3.500,00 por ela.
Conforme os levantamentos policiais, Vinícius Cesar de Souza Moreira foi quem efetuou os disparos contra Luan Felipe, atirando de dentro do Volkswagen Taos. Geovany dos Santos estava presente no veículo e também testemunhou toda a ação.
Motivação do crime
Segundo a Polícia, Luan Felipe foi executado com três tiros, sendo dois na cabeça e um no peito, em um crime classificado como acerto de contas, planejado e premeditado.
A motivação teria relação com um desentendimento anterior, em que a vítima se envolveu em uma briga com Augusto, irmão de Eduardo Kim Miranda de Oliveira. Na confusão, Augusto precisou ser hospitalizado na Santa Casa, o que teria sido o estopim para a execução de Luan Felipe.
O conflito gira em torno de uma ex-namorada da vítima, atualmente parceira de Augusto, segundo apurado pelo BPChoque. A investigação segue em andamento.
Fundamentação judicial
Ao justificar a decisão de manter a prisão preventiva, o juiz Deyvis Ecco destacou que se trata de um crime hediondo, cometido mediante violência contra a pessoa, com indícios de que a ação ocorreu por meio de emboscada e disparos de arma de fogo, evidenciando a gravidade concreta do delito.
O magistrado ressaltou ainda a necessidade de segregação cautelar dos suspeitos para garantia da ordem pública, evitando riscos de novas infrações ou interferência na investigação. A decisão está escudada no parecer do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), que concordou integralmente com a prisão preventiva dos acusados.
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