Saúde

Sem casos confirmados, SES garante estrutura 24h para intoxicação por metanol

O medicamento utilizado como antídoto, o etanol farmacêutico e o Estado recebeu recentemente 60 ampolas do antídoto do Ministério da Saúde

9 OUT 2025 • POR Taynara Menezes • 13h57
As doses permanecem armazenadas como retaguarda estratégica, com validade até março de 2026. - Foto: SES

Apesar de ainda não ter registrado nenhum caso confirmado, Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), está preparado para possíveis casos de intoxicação por metanol, com uma estrutura organizada e fluxo de resposta pronto para o atendimento. Recentemente, o Estado recebeu 60 ampolas do etanol farmacêutico, utilizado como antídoto, pelo Ministério da Saúde.

Conforme a secretaria, as notificações e confirmações de casos são acompanhados pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox), porém nada confirmado até o momento.

A coordenadora estadual de Assistência Farmacêutica da SES, Patrícia Veiga, as ampolas chegaram após o caso da morte do jovem de 21 anos, mas o caso foi posteriormente descartado após nova avaliação clínica. As doses permanecem armazenadas como retaguarda estratégica, com validade até março de 2026.

“O Governo do Estado atua de forma coordenada com o Ministério da Saúde e o Ciatox para garantir resposta rápida em qualquer situação de risco. Mesmo sem casos confirmados até o momento, estamos preparados para atender imediatamente, com estrutura técnica e fluxo de solicitação ativo 24 horas por dia”, destacou Patrícia.

O protocolo de atendimento segue um fluxo específico por paciente. A partir da notificação de um caso suspeito pelo hospital ao Ciatox, o centro aciona a Assistência Farmacêutica Estadual, que formaliza a solicitação do antídoto junto ao Ministério da Saúde.

A entrega é feita diretamente ao hospital solicitante, de acordo com o peso e a condição clínica do paciente, sendo que, em média, 30 ampolas são utilizadas por paciente adulto.

O Ministério da Saúde mantém estrutura logística nacional para envio emergencial do medicamento, com prazo máximo de 12 horas para entrega aos estados, via transporte aéreo.

“O mais importante é que o atendimento seja rápido. Quanto antes o paciente com suspeita de intoxicação por metanol for diagnosticado e tratado, maiores são as chances de recuperação e menores as consequências clínicas. Essa integração entre Estado e União é fundamental para salvar vidas”, completou Patrícia.