Líderes mundiais firmam acordo de cessar-fogo em Gaza durante cúpula no Egito
Representantes de Israel e do Hamas não participaram da cerimônia; encontro em Sharm El-Sheik sela primeira fase do plano de paz proposto por Donald Trump
13 OUT 2025 • POR Carla Andréa, com g1 • 14h51Líderes de diversas nações se reuniram nesta segunda-feira (13) em Sharm El-Sheik, no Egito, para assinar um acordo que oficializa o cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza.
O documento, resultado de semanas de negociações, foi proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e mediado por Egito, Catar e Turquia.
Apesar da importância histórica do ato, os dois lados diretamente envolvidos no conflito — Israel e o grupo terrorista Hamas — não participaram da cerimônia.
A chamada Cúpula de Paz em Gaza marca o início da segunda etapa do plano de Trump, que prevê o fim definitivo da guerra, o início da reconstrução do território e a criação de um conselho internacional para supervisionar a Faixa de Gaza no período pós-guerra.
Ainda não há detalhes sobre como esse conselho irá operar, especialmente diante de pontos sensíveis, como o desarmamento do Hamas.
Mais de 20 líderes participaram do encontro, incluindo o presidente egípcio Abdul Fatah al-Sisi, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, o emir do Catar Tamim bin Hamad Al Thani, o presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas, além de chefes de Estado como Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália) e Keir Starmer (Reino Unido).
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia sido convidado, mas recusou o convite alegando a coincidência com um feriado judaico.
Horas antes do encontro, o Hamas libertou os 20 últimos reféns israelenses que ainda mantinha desde o ataque de 7 de outubro de 2023, quando 251 pessoas foram sequestradas.
Em contrapartida, Israel iniciou a libertação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, entre eles 250 condenados à prisão perpétua.
O plano de paz estabelece o fim dos bombardeios israelenses em Gaza e o recuo gradual das tropas, que já reduziram sua presença de 75% para 53% do território. Entretanto, pontos cruciais permanecem indefinidos, como o futuro político de Gaza e o possível desarmamento do Hamas.
A cúpula desta segunda-feira foi descrita por Trump como “um marco histórico para o Oriente Médio”.
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