Com orçamento reduzido para 2026, vereadores terão que fazer corte de gastos em gabinetes
A medida prevê economia de até 20% no orçamento, valor em torno de R$ 24 milhões
16 OUT 2025 • POR Sarah Chaves • 12h50A Câmara Municipal de Campo Grande adotou uma série de medidas para enfrentar a queda na arrecadação do município e o encolhimento do duodécimo. Segundo o presidente da Casa, vereador Papy, a expectativa é reduzir até 20% dos custos com gabinetes, considerando um orçamento anual estimado em R$ 120 milhões. A economia projetada gira em torno de R$ 24 milhões.
Entre as ações já em andamento está o corte de 5% no saldo dos gabinetes dos vereadores. A medida não atinge diretamente os salários, mas reduz a margem de gastos de cada gabinete, permitindo que os parlamentares ajustem seus quadros conforme acharem melhor, seja por meio de exonerações ou pela diminuição de valores pagos a servidores comissionados.
Além disso, Papy informou que a presidência da Casa e seu próprio gabinete já passaram por cortes anteriormente.
Outras medidas de economia incluem a redução do expediente da Câmara para apenas um período, o que já resultou em queda nos custos com energia elétrica. Também será realizada a troca de um prédio alugado ao lado onde funciona o setor de eventos e cerimonial por outro mais econômico, o que deve gerar uma economia mensal de cerca de R$ 20 mil.
Papy destacou ainda que o objetivo central das medidas é garantir recursos para compromissos futuros, como o reajuste salarial dos servidores efetivos da Casa e o crescimento natural da folha. “Estamos tomando decisões difíceis, mas necessárias. Não se trata de cortes salariais, e sim de ajustes nos saldos disponíveis para os gabinetes, com foco na sustentabilidade financeira da Câmara”, afirmou o presidente. Ele também ressaltou que todas as decisões passam por análise técnica e são debatidas com o Colégio de Líderes da Casa.
A previsão é que essas medidas entrem em vigor já no próximo mês de acordo com o orçamento da Câmara para 2026.