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JD1TV: Psiquiatra alerta sobre criação dos filhos e a influência ideológica nas escolas

Dra. Paula Campozan destaca a importância da educação com intencionalidade e chama atenção para o aumento de casos de depressão e suicídio entre adolescentes

17 OUT 2025 • POR Carla Andréa • 17h30

Durante participação no programa “Saúde e Bem-Estar” desta sexta-feira (17), a psiquiatra Dra. Paula Campozan abordou um tema que tem preocupado muitas famílias: os desafios na criação dos filhos e a influência de fatores externos — como a cultura, a mídia e o ambiente escolar — na formação emocional e moral das crianças e adolescentes.

A médica destacou que, embora hoje existam mais recursos e informação do que em gerações anteriores, criar filhos se tornou um processo mais complexo, devido à grande quantidade de estímulos e mensagens contraditórias que chegam às crianças, principalmente por meio da internet e das redes sociais.

“A gente precisa educar com intencionalidade. Saber onde queremos chegar e qual estratégia usar. O bom senso, sozinho, não funciona mais”, afirmou a psiquiatra.

Segundo a psiquiatra, muitos sintomas depressivos na adolescência podem ser confundidos com comportamentos típicos dessa fase, como isolamento social e irritabilidade, especialmente devido às mudanças hormonais. No entanto, quando esses sinais se tornam muito intensos, interferindo no rendimento escolar, na socialização ou nas relações familiares, é preciso atenção.

Ela destaca que o sintoma guia da depressão no adolescente é a irritabilidade, acompanhada de falta de interesse nas atividades cotidianas, desânimo e queixas constantes, indicando que algo mais sério pode estar acontecendo. Mudanças de comportamento significativas, como deixar de almoçar ou jantar com a família ou se afastar de amigos, também são sinais de alerta.

A psiquiatra ressalta ainda que a exposição precoce a estímulos rápidos e constantes, como vídeos curtos em redes sociais, pode influenciar na liberação rápida de dopamina, tornando experiências simples do dia a dia menos prazerosas para o adolescente. Por isso, atividades como leitura, conversas ou passeios ao ar livre podem parecer sem graça e contribuir para o isolamento.

Dra. Paula enfatiza que nem sempre é necessário recorrer a medicamentos; muitas vezes, pequenos ajustes na dinâmica familiar e orientação aos pais já ajudam significativamente no bem-estar do adolescente, mostrando que a psiquiatria vai além do tratamento medicamentoso.

Assista:

 

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