Brasil

Lula espera encontro produtivo com Trump e diz que não há assuntos vetados

O líder brasileiro pretende discutir tarifas, sanções e cooperação internacional em reunião prevista para domingo (26)

24 OUT 2025 • POR Sarah Chaves • 09h36
Presidente Lula no encerramento de sua visita à Indonésia - Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (24), ao encerrar sua visita à Indonésia, que espera um encontro tranquilo e produtivo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, previsto para domingo (26). Segundo Lula, o objetivo é fortalecer o diálogo entre os dois países e construir uma relação “civilizatória”, baseada em cooperação e respeito mútuo.

O presidente destacou que não haverá restrição de temas nas conversas bilaterais. Lula pretende abordar assuntos como conflitos internacionais, comércio, minerais estratégicos e meio ambiente. “Não existe assunto proibido entre o Brasil e os Estados Unidos”, afirmou, reforçando a importância de um diálogo amplo entre as duas maiores democracias do Ocidente.

Entre as pautas prioritárias, Lula pretende contestar as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, como carne e café. Ele afirmou que as taxas, de até 50%, foram estabelecidas de forma equivocada e têm prejudicado também os consumidores norte-americanos. O presidente quer apresentar dados que comprovem o superávit comercial dos EUA com o Brasil nos últimos 15 anos.

Lula também disse que discutirá temas ligados a sanções e direitos humanos, defendendo a soberania do Brasil e o respeito às suas instituições. Criticou ações unilaterais dos Estados Unidos na América Latina, especialmente no combate às drogas, e defendeu que qualquer operação internacional respeite a Constituição e a soberania dos países envolvidos.

Ao encerrar sua fala, o presidente destacou que o encontro com Trump deve transmitir uma mensagem de harmonia e cooperação global. Após a Indonésia, Lula segue para a Malásia, onde participará da 47ª Cúpula da ASEAN. O Brasil busca ampliar laços políticos e comerciais com o Sudeste Asiático, região que já representa 20% do superávit da balança comercial brasileira.

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