Polícia

Mulher é resgatada após ser trancada em casa e agredida pelo marido no Los Angeles

A vítima contou que mora com o agressor há cerca de três anos e que eles têm um bebê de sete meses

29 OUT 2025 • POR Brenda Assis • 15h24
Depac Cepol, em Campo Grande, onde o caso foi registrado - Luiz Vinicius

Uma jovem de 25 anos foi mantida trancada em casa e agredida pelo marido entre a noite de segunda-feira (27) e a madrugada de terça (28), no bairro Jardim Los Angeles, em Campo Grande. O caso só veio à tona depois que a mãe da vítima, desconfiada de que algo estava errado, chamou a Polícia Militar.

De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais chegaram à casa do casal, localizada na Rua São Pio de Pietrelcina, e viram o homem pela janela, varrendo o quarto, enquanto a mulher estava sentada na cama. Quando a equipe o abordou, ele obedeceu às ordens. Questionada se podia sair de casa, a mulher respondeu que não, já que o marido havia trancado a porta com um cadeado. As chaves estavam com ele, que acabou entregando para a companheira.

A vítima contou que mora com o agressor há cerca de três anos e que eles têm um bebê de sete meses. Na noite anterior, ela saiu do trabalho, passou na casa da mãe para buscar o filho e recebeu mensagens da patroa dizendo que Jorge, o marido, estava com ciúmes e alterado.

Assim que chegou em casa, foi recebida com acusações de traição e, durante a discussão, acabou espancada. Segundo o relato, o homem desferiu socos no olho, na boca, no braço e no pé da mulher. Depois disso, ele trancou a casa, impedindo que ela saísse. A vítima só conseguiu deixar o local quando a polícia chegou, mais de 12 horas depois.

Durante o interrogatório, o suspeito disse que havia recebido uma ligação da irmã afirmando que a esposa o traía. Ele alegou que houve uma briga e que a mulher tentou agredi-lo, mas não tinha nenhum ferimento visível. Sobre o cadeado, disse que a casa “sempre fica trancada” e negou que estivesse mantendo a companheira em cárcere.

O homem acabou preso e levado para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Por segurança, foi algemado, já que estava nervoso no momento da detenção.

A mulher foi encaminhada para exame de corpo de delito. O caso foi registrado como lesão corporal e cárcere privado, dentro do contexto de violência doméstica.