Polícia

Pai espanca filhas de 10 e 11 anos após vê-las na companhia da ex-mulher na Capital

Ele expulsou praticamente as crianças da casa para que elas fossem morar com a mãe

4 NOV 2025 • POR Luiz Vinicius • 07h10
Sala de plantão da Depca - Álvaro Rezende/Governo de MS

Duas meninas, de 10 e 11 anos, foram espancadas pelo próprio pai, um frentista, de 29 anos, durante a noite desta segunda-feira, dia 3 de novembro, após ele se revoltar com a presença da ex-mulher, de 27 anos, em frente a residência em que mora. O caso aconteceu no Jardim Leblon, em Campo Grande.

O homem, que detém a guarda das filhas, expulsou praticamente as meninas de casa, insinuando que elas fossem morar com a mãe, já que ela estava presente no local dos fatos.

Segundo consta no boletim de ocorrência, a mulher relatou para a Polícia Militar que não tem a guarda, pois passou por problemas psiquiátricos e que não possui medida judicial para visitar as meninas.

Porém, como havia se recuperado dos problemas, ela sentiu a necessidade de ter novamente uma aproximação com as filhas e dessa forma, foi até a escola delas com intuito de vê-las e evitar o contato direto com o ex-companheiro, ambos separados há oito anos.

Ao ver as filhas, ela questionou se ambas voltariam sozinhas e as crianças responderam que sim, sendo acompanhadas pela mãe até a residência onde moram com o pai. Contudo, ao ver a ex-mulher próxima da residência, o homem passou a agredir as filhas e só cessou o espancamento após a ex-companheira gritar que chamaria a Polícia Militar.

Com a situação fora de controle, o frentista decidiu colocar as duas filhas para fora de casa e disse que ambas queriam ir com a mãe, iriam sair da casa dele. A ex-mulher chegou a pedir algumas roupas e os materiais escolares das filhas e até os documentos, mas o pai ficou irredutível, chegando a trancar a casa e sair do local antes da chegada da polícia.

A mulher e as filhas foram encaminhadas para a delegacia e ela aproveitou para pedir medida protetiva contra o ex-marido. Na unidade policial, uma das meninas apresentava diversos hematomas e escoriações devido às agressões.

O caso foi registrado como maus-tratos