Cidade

Campo Grande tem 20 mil famílias vivendo em favelas; audiência pública discute regularização

Mulheres chefes de família representam 90% dos moradores das áreas irregulares

4 NOV 2025 • POR Vinícius Santos com informações da Câmara Municipal • 10h52
Favela - - Foto: Foto: Pedro Roque

Dados da Associação das Mulheres de Favelas de Mato Grosso do Sul apontam que cerca de 20 mil famílias vivem hoje em áreas irregulares em Campo Grande, distribuídas em 62 ocupações urbanas. Desse total, 90% das famílias são chefiadas por mulheres, muitas delas mães solo. O levantamento inclui ainda oito aldeias urbanas e comunidades localizadas em regiões como Lagoa e Anhanduizinho, onde está situada a Homex, considerada a maior favela do Estado.

Diante desse cenário, a Câmara Municipal de Campo Grande realizará no próximo dia 14 de novembro, às 8h, a Audiência Pública de Regularização das Favelas. A iniciativa, proposta pelo vereador Landmark Rios (PT) em parceria com a deputada estadual Gleice Jane (PT), reunirá representantes do poder público, movimentos sociais, judiciário e moradores de diversas comunidades da capital. O objetivo é discutir caminhos concretos para a regularização fundiária das áreas de ocupação urbana.

Para o vereador Landmark Rios, a audiência representa um passo importante para dar visibilidade às famílias que há anos constroem suas comunidades com as próprias mãos. “Essas pessoas não pedem favor. Elas querem reconhecimento. Regularizar é garantir o direito básico de morar com dignidade e transformar áreas esquecidas em territórios de oportunidade. Campo Grande precisa voltar a ter uma política habitacional de verdade”, afirmou.

A deputada Gleice Jane reforça que a pauta é, acima de tudo, uma questão de cidadania. “A regularização das áreas de ocupação é fundamental para garantir o direito à moradia digna e o acesso pleno à cidadania. São famílias que há anos vivem sem endereço formal, sem energia elétrica, sem água encanada e sem segurança jurídica. Essa parceria com o vereador Landmark é muito importante para avançarmos nesse debate e buscar soluções conjuntas que assegurem condições de vida dignas para todas e todos”, destacou.

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