Polícia

Presa no Presídio Militar, advogada é ameaçada de morte por contrabandista na Capital

Um dos integrantes desse grupo, que aparece como suposta vítima no processo original, é apontado como o autor das ameaças

5 NOV 2025 • POR Brenda Assis • 17h41
Depac Cepol, em Campo Grande, onde o caso foi registrado - Luiz Vinicius

Uma advogada presa no Presídio Militar Estadual procurou as autoridades para denunciar que vem sendo ameaçada de morte por um homem supostamente envolvido com contrabando e descaminho na região de fronteira. O caso foi registrado pela Polícia Militar e encaminhado à Polícia Civil, que deve apurar os fatos.

Conforme o boletim de ocorrência, as ameaças estariam relacionadas a um caso anterior, registrado em 31 de julho deste ano, quando a mulher foi presa em flagrante por tentativa de roubo majorado e outros crimes. Na ocasião, ela e outras pessoas teriam sido agredidas por cerca de 15 homens, armados com facas, pedaços de madeira e pedras.

Um dos integrantes desse grupo, que aparece como suposta vítima no processo original, é apontado como o autor das ameaças. Desde o episódio, ele teria passado a intimidar a advogada e familiares, inclusive com a ajuda de comparsas.

A detenta contou que soube das novas ameaças durante uma visita do filho ao presídio. O jovem relatou que, no fim de outubro, o suspeito e dois homens foram até uma conveniência frequentada por parentes da advogada, onde perguntaram, de forma intimidadora, se ele seria filho dela.

Para proteger o rapaz, os presentes negaram qualquer parentesco, mas o grupo teria permanecido no local e, segundo testemunhas, afirmou em voz alta que “assim que ela saísse da cadeia, iriam terminar o serviço”.

Diante da gravidade da situação, a advogada solicitou à direção do presídio uma escolta policial para comparecer a uma delegacia e formalizar a denúncia. A administração informou, porém, que escoltas fora das hipóteses previstas na Lei de Execuções Penais (LEP) só podem ser autorizadas por decisão judicial.

O caso foi registrado como ameaça na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e será investigado pela Polícia Civil.

Até o momento, nenhum suspeito foi detido e a defesa da advogada ainda não se manifestou sobre o caso.