Economia

Leve queda no preço da cesta básica mal alivia o bolso dos campo-grandenses

Com valor de R$ 777,28, produto segue sendo o sexto mais caro do Brasil

10 NOV 2025 • POR Luiz Vinicius • 14h11
Valor da cesta básica foi alvo de pesquisa - Kleber Clajus/Procon-MS

A leve queda no preço da cesta básica em Campo Grande no mês de outubro, sequer é sentida no bolso dos consumidores, que seguem encarando um valor 'salgado' na hora de adquirir o produto.

Houve uma retração de -0,43% na cesta básica, mas a diminuição não foi suficiente e a capital sul-mato-grossense se mantém na sexta colocação de produto mais caro do Brasil, custando R$ 777,28.

A pesquisa foi realizada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que elabora o levantamento em todas as capitais. Campo Grande, inclusive, só perde para Cuiabá, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo.

Segundo o departamento, oito produtos que compõe a cesta básica tiveram diminuição na Capital. São eles: arroz agulhinha (-4,99%), banana (- 4,11%), açúcar cristal (-2,86%), manteiga (-2,73%), leite integral (-2,59%), café em pó (-2,03%), pão francês (-0,50%) e feijão carioca (-0,30%). Nota-se que os percentuais são considerados baixos para uma diminuição no preço real.

Em contrapartida, cinco alimentos encareceram e consequentemente trouxeram impacto no preço final da cesta: (11,53%), tomate (4,06%), óleo de soja (2,63%), farinha de trigo (1,15%) e carne bovina de primeira (0,15%).

A pesquisa mostra que nos últimos 12 meses, foram registrados elevações nos preços de seis dos 13 produtos: café em pó (58,87%), tomate (32,34%), óleo de soja (26,08%), carne bovina de primeira (16,21%), farinha de trigo (10,39%) e pão francês (7,38%). Houve redução nos preços médios dos seguintes itens: batata (-45,76%), arroz agulhinha (-33,28%), banana (-18,32%), feijão carioca (-12,24%), manteiga (-6,82%), açúcar cristal (-3,87%) e leite integral (-3,07%). 

Em outubro de 2025, o trabalhador de Campo Grande remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.518,00 precisou trabalhar 112 horas e 39 minutos para adquirir a cesta básica. Em setembro de 2025, o tempo de trabalho necessário havia sido de 113 horas e 08 minutos. Em outubro de 2024, quando o salário mínimo foi de R$ 1.412,00, o tempo de trabalho necessário ficou em 117 horas e 01 minuto.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador precisou comprometer, em outubro de 2025, 55,36% da renda para adquirir a cesta.