Política

PSOL lança nomes para disputar Governo e Senado por MS em 2026

"Vamos dialogar com PCB, PDT, PCdoB, PV e todos os partidos que estão na base do governo Lula", afirmou o presidente estadual da sigla

12 NOV 2025 • POR Sarah Chaves • 09h36
Lucien Rezende e Beto sem Terra - Reprodução

Em reunião realizada nesta semana, a Executiva Estadual do PSOL de Mato Grosso do Sul aprovou, por unanimidade, as indicações do partido para as pré-candidaturas ao Governo do Estado e ao Senado Federal nas eleições de 2026. O presidente estadual do PSOL, Lucien Rezende, foi confirmado como pré-candidato ao Governo, enquanto Beto Sem Terra disputará uma vaga no Senado.

Em entrevista ao JD1 Notícias, Lucien afirmou que o processo eleitoral já começou com muitos diálogos internos e que o partido se prepara para ampliar alianças com o centro esquerda. Com 61 anos e duas décadas de militância, ele destacou sua trajetória desde a fundação do PSOL no Estado e sua experiência como secretário de Desenvolvimento Econômico em Ribas do Rio Pardo. “A gente conhece Mato Grosso do Sul, todas as cidades, e sabe a dor que o povo sente no interior. A experiência administrativa vem com o exercício do mandato, e o mais importante é a gestão política, o diálogo com a sociedade”, afirmou.

Há seis anos no PSOL, o pré-candidato ao Senado, Jonas Carlos da Conceição (Beto Sem Terra) é o coordenador nacional do Movimento Popular de Luta (MPL), e presidente da Associação de Produtores da Agricultura
Familiar (APAF) e assentado no município de Sidrolândia. “O PSOL sempre esteve ao lado das lutas sociais. Nossa pré-candidatura ao Senado é a voz da terra, da luta por moradia, por reforma agrária e por justiça social”, destacou.

O dirigente adiantou que o partido já iniciou conversas com outras legendas para formar uma frente de centro-esquerda no Estado. “Vamos dialogar com PCB, PDT, PCdoB, PV e todos os partidos que estão na base do governo Lula. Queremos construir um campo à esquerda com mais musculatura política”, explicou.

Lucien também avaliou o posicionamento do PT em relação ao governo estadual. Segundo ele, o partido “permaneceu por três anos na base de Eduardo Riedel” e só deixou a gestão por falta de apoio explícito à candidatura de Lula e a uma vaga no Senado. “... mas essa é uma decisão deles. O PSOL entende que é hora de colocar o bloco na rua, conversar com a população e se apresentar como alternativa”, afirmou.

Sobre o cenário nacional, o pré-candidato reforçou o apoio integral do PSOL à reeleição de  Lula. "O PSOL não lançará candidatura própria à Presidência”, garantiu.