Internacional

Chile vai às urnas em eleição marcada por desafios na segurança

Candidatos de esquerda, centro e direita disputam o primeiro turno no domingo (16)

15 NOV 2025 • POR Sarah Chaves • 12h13
Os candidatos presidenciais Franco Parisi, Jeannette, Marco Enriquez, Johannes Kaiser, Jose Antonio, Eduardo Artes e Evelyn Matthei no debate final - Cristobal Basaure Araya/SOPA Images/LightRocket

O Chile realiza neste domingo (16) a eleição presidencial em um contexto marcado pelo aumento da criminalidade, que superou economia, saúde e educação como principal preocupação da população. Pesquisas indicam que 63% dos chilenos consideram o crime sua maior preocupação, colocando o país em segundo lugar entre 30 nações analisadas.

O pleito conta com oito candidatos, entre os quais se destacam:

Jeannette Jara (51 anos) é da coalizão governista e primeira candidata comunista na era democrática. Crescida em Santiago, iniciou sua militância na Juventude Comunista e se formou em Administração Pública. Foi subsecretária de Seguridade Social e ministra do Trabalho e Previdência Social, promovendo reformas previdenciárias, redução da jornada de trabalho e aumento do salário mínimo. Jara lidera pesquisas como favorita, defendendo segurança sem militarização e expansão de políticas sociais.

José Antonio Kast, político de ultradireita, já concorreu à presidência em 2017 e 2021, obtendo segunda colocação na última disputa. Descendente de imigrantes alemães, foi deputado e moderou seu discurso nesta campanha, focando em lei e ordem, imigração e combate à criminalidade, com propostas semelhantes às de líderes conservadores internacionais.

Johannes Kaiser (49 anos), congressista libertário e ex-comentarista do YouTube, ganhou destaque com críticas ao progressismo e defesa do livre mercado. Fundador do Partido Nacional Libertário, posiciona-se contra acordos internacionais e programas globais, atraindo entre 14% e 15% das intenções de voto e abalando o bloco de direita.

Evelyn Matthei, prefeita de Providencia e candidata de centro-direita, concentra esforços em atrair eleitores moderados e desiludidos, criticando cortes propostos por Kast. Seu apoio é maior entre mulheres, eleitores urbanos de alta renda e moderados, mas menor entre baixa renda e zonas rurais.