Desvio de R$ 5,4 milhões na compra de aparelhos hospitalares motivou operação em Sidrolândia
Parte do valor repassado pelo Governo de MS foi desviado pela administração do hospital
18 NOV 2025 • POR Luiz Vinicius • 10h39O desvio de R$ 5,4 milhões destinados pelo Governo de Mato Grosso do Sul para a compra de um aparelho de ressonância magnética e um autoclave hospitalar foram cruciais para a deflagração da operação 'Dirty Pix', do Gaeco e Gecoc, do Ministério Público, em Sidrolândia, na manhã desta terça-feira, dia 18.
Parte desse valor foi desviado pela administração do Hospital Beneficente Elmíria Silvério Barbosa. Além disso, a investigação apontou que a empresa fornecedora também teve participação, inclusive, pagando 'propina' a alguns vereadores.
De acordo com os elementos colhidos, a empresa fornecedora realizou diversas transferências mediante Pix, diretamente ou por intermédio de terceiros, ao presidente do Hospital e aos vereadores envolvidos.
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão na cidade sul-mato-grossense, mas também em Manaus, no Amazonas.
Os alvos são investigados pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.
Alvos - A operação do Ministério Público foi direcionada a vereadores, ex-vereadores, empresários e até empresas farmacêuticas.
Conforme apurado pela reportagem, alguns dos investigados são: Izaqueu Diniz, Cledinaldo Cotócio e Adailton Brandão, atualmente na Câmara Municipal. Entre ex-parlamentares estão Cristina Fiuza, Elieu Vaz, José Ademir Gabardo e Enelvo Felini Jr.
Já segundo o site Sidronews, a empresária Júlia Carla Nascimento, Júlio César Alves da Silva e Silvio de Azevedo Pereira. Também são alvos da operação a Pharbox Distribuidora Farmacêutica, a Farma Medical Distribuidora, o Hospital Dona Elmiria e a empresária Jacoba P. Wilmtje.