Homem é julgado pelo 'tribunal do crime' e encontrado morto em cova rasa em Campo Grande
A suspeita é que a execução tenha ocorrido após a vítima estuprar uma mulher na região
19 NOV 2025 • POR Brenda Assis • 13h51Um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado, na manhã desta quarta-feira (19), enterrado dentro em uma área onde funcionava uma antiga favela, ao lado do Residencial Canguru, na Rua Betóia. O local, atualmente desocupado, é frequentemente utilizado por usuários de drogas, que mantêm ali pertences pessoais, roupas e até móveis improvisados.
Conforme as informações iniciais, a Polícia Civil chegou ao ponto após uma denúncia anônima feita por alguém que teria passado pelo local e visto parte do corpo exposta, já que uma das pernas da vítima ficou visível, pois estava em uma cova rasa.
A principal hipótese é de que o cadáver seja de um homem de 37 anos, que está sumido desde domingo. Segundo informações repassadas pela polícia, a mãe da possível vítima vinha procurando pelo filho desde dia do desaparecimento, após receber a informação de que ele teria sido morto e enterrado.
Ela esteve no local pela manhã, mas não conseguiu reconhecer o corpo devido ao avançado estado de decomposição. A identificação oficial será feita pelo IMOL (Instituto Médico de Odontologia Legal), após exames necroscópicos.
O JD1 apurou que a suspeita é que o homem tenha sido morto pelo ‘tribunal do crime’, supostamente por ter abusado sexualmente de uma mulher. Por conta disso, a facção criminosa teria julgado, condenado e executado o homem na área onde o corpo foi encontrado, podendo inclusive ter sido obrigado a cavar a própria cova, devido o modus operandi de crimes como este.
Durante as diligências, a equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) já havia detido uma pessoa, possivelmente suspeita de participação na execução. A polícia segue com ações no bairro para tentar identificar outros envolvidos e esclarecer toda a dinâmica do caso.
O corpo foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico-Legal. O caso foi atendido por equipes da Polícia Militar, Polícia Civil e Perícia Técnica.