Justiça

Travestis enfrentam júri nesta quarta por matar Pâmela com fogo em Campo Grande

Bárbara Roosen Gonzales da Silva e Yara Gabriela passam pelo crivo popular na Capital por crime bárbaro contra Pâmela Mirella Ferreira, de 31 anos, também travesti

26 NOV 2025 • POR Vinícius Santos • 08h23
Pamela Mirella Ferreira de Lima, vítima do ataque - Foto: Reprodução/Redes Sociais

Acontece nesta quarta-feira (21) o júri popular das travestis Bárbara Roosen Gonzales da Silva e Yara Gabriela, acusadas do homicídio de Pâmela Mirella Ferreira, de 31 anos, também travesti. O julgamento ocorre na 2ª Vara do Tribunal do Júri, sob presidência do juiz Aluizio Pereira dos Santos.

Pâmela foi internada na Santa Casa no dia 19 de janeiro de 2025, com queimaduras em cerca de 80% do corpo. Ela não resistiu e morreu na madrugada do dia 21, em decorrência de complicações nos órgãos e choque circulatório. Segundo a acusação, o ataque com fogo teria sido perpetrado pelas duas rés.

Bárbara e Yara estão presas preventivamente desde 20 de janeiro, após serem detidas em ação da Polícia Civil pelo homicídio considerado cruel contra Pâmela. Elas respondem perante o Conselho de Sentença pela morte que chocou Campo Grande.

O ataque - Segundo denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), na manhã de 19 de janeiro, por volta das 6h, Bárbara e Yara teriam atacado Pâmela em sua residência, no bairro Vila Carvalho. O crime ocorreu após um desentendimento em uma casa noturna, onde Yara chegou a ser expulsa pela segurança.

Ainda de acordo com o MPMS, as acusadas solicitaram um transporte por aplicativo, levando um galão de plástico, compraram gasolina durante o trajeto e, ao chegarem à residência de Pâmela, Yara teria despejado o combustível e ateado fogo na frente da casa, enquanto Bárbara assistia. O incêndio atingiu a vítima, que foi socorrida por vizinhos.

Após o incêndio, as duas retornaram à residência de Pâmela armadas com uma faca, ameaçando concluir o crime, mas recuaram diante da presença de vizinhos e fugiram.

Confissões - Em depoimento, Yara Gabriela confirmou ter comprado gasolina e iniciado o incêndio, mas disse não ter tido intenção de matar. Bárbara também admitiu ter acompanhado Yara na compra do combustível e presenciado o ataque.

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