Chamado de bandido, professor diz que declarações de Adriane são "cortina de fumaça"
Professor Washington ainda declarou que Ministério Público vai investigar ação desproporcional de guardas envolvidos
3 DEZ 2025 • POR Luiz Vinicius • 16h38Washington Pagane, o Professor Washington, chamado de bandido por Adriane Lopes, atual prefeita de Campo Grande, atribui esse movimento da gestora municipal como uma "cortina de fumaça" e uma forma de marginalizar a manifestação pacífica que acontecia na rua 14 de Julho, no último sábado, dia 29 de novembro.
Em entrevista ao JD1 Notícias, o munícipe avaliou que ação daquele dia foi desproporcional e a ação midiática da prefeita também se tornou desproporcional.
"Eu sou professor, sou concursado e efetivo na rede municipal, da qual ela é a chefe do executivo. Nunca cometi crime, não tenho nenhuma passagem na polícia e sou ali associado a um bandido, e ela ainda diz bandidos no plural, sendo que apenas duas pessoas foram presas, dentre elas eu. Ela associa de forma generalizada bandidos armados", declarou para a reportagem nesta quarta-feira, dia 3.
Washington é firme ao dizer o quanto grande foi a repercussão de um professor, ainda mais da maneira que tudo aconteceu. Ele acrescenta durante a entrevista que "a prefeita continua cometendo crimes" e questiona se tudo isso ficará impune.
"Ela comete o crime com a prisão arbitrária, ela comete o crime agora em uma rádio na qual ela chama mães atípicas de traficantes, de bandidos. Agora, em uma manifestação pública, na 14 de julho, você consegue saber quem ali tem passagem pela polícia ou não?", disse.
O professor declara que, caso Adriane Lopes queira se manifestar, "precisa ser mais clara". "Eu vejo tudo isso como uma grande cortina de fumaça. Marginalizar o movimento para não falar da ação e da prisão ilegal. E da agressão à mãe atípica, ela falou? E sobre os guardas avançarem sobre as idosas e estourarem as grades comprovadamente em imagens? Ela não falou. Ela tomou uma posição que é marginalizar essas pessoas e não vou falar sobre o comando errado que eu dei para guarda naquele dia".
O Professor Washington ressaltou que fez uma representação no Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que sinalizou que vai instaurar um inquérito para investigar as condutas dos guardas municipais envolvidos na ação contra os manifestantes.
"Infelizmente, a gente gostaria que a prefeitura tivesse essa atitude. A gente gostaria que a prefeita tivesse essa atitude, essa sensibilidade, enquanto mulher, enquanto cristã, de olhar para aquelas mães que foram agredidas", finalizou.