Operação Pantanal reduz focos e áreas afetadas por incêndios em MS
Até o dia 2 de dezembro, foram registrados 1.811 focos, número inferior aos 2.111 contabilizados no primeiro ano da série
4 DEZ 2025 • POR Luiz Vinicius • 07h10A Operação Pantanal deste ano trouxe bons resultados, conforme balanço divulgado ao longo desta quarta-feira, dia 3. Os dados consolidados revelam que 2025 caminha para ser o melhor ano da série histórica iniciada em 1998 no que se refere aos focos de calor em Mato Grosso do Sul.
Até o dia 2 de dezembro, foram registrados 1.811 focos, número inferior aos 2.111 contabilizados no primeiro ano da série. Mesmo que novos registros ocorram até o final do ano, a tendência é de que 2025 permaneça como o período de menor incidência desde o início do monitoramento.
A área queimada também apresentou grande redução: 202.678 hectares foram atingidos pelo fogo em Mato Grosso do Sul, volume muito inferior ao registrado em 2024, quando mais de 2,3 milhões de hectares foram consumidos pelas chamas, em uma das maiores crises causadas pelos incêndios florestais.
Conforme o Governo do Estado, essa redução histórica resulta de um conjunto de fatores, incluindo a maior conscientização da população, o fortalecimento da atuação interinstitucional, a eficácia na resposta rápida aos focos de incêndio e a qualificação técnica das equipes, com quase mil brigadistas formados apenas em 2025, além de condições climáticas ligeiramente mais favoráveis, mesmo diante do déficit hídrico persistente.
Na fase de preparação, foram realizados manejos preventivos do fogo em 1.150 hectares, capacitados 221 bombeiros militares e formados 929 brigadistas. As bases avançadas instaladas no Pantanal desempenharam papel essencial no tempo de resposta das equipes.
Já na fase operacional, os Bombeiros monitoraram 924 eventos de fogo detectados por satélite e combateram diretamente 88 deles, resultando em 1.105 ações de combate. No total, 1.298 militares foram mobilizados, com apoio de 60 viaturas, para atender 4.391 ocorrências registradas pelo SIGO, a maioria em regiões urbanas ou periurbanas.