Interior

Juiz manda a júri popular homem que matou o patrão em Deodápolis com tiros e golpes de facão

O julgamento ainda não tem data definida, mas será realizado em Deodápolis; também manteve a prisão preventiva de Ângelo Gabriel Pereira França.

11 DEZ 2025 • POR Vinícius Santos • 09h23
Vilson Tondato - - Foto: Reprodução

A Justiça de Deodápolis determinou que Ângelo Gabriel Pereira França enfrente júri popular pelo assassinato do patrão, Vilson José Tondato, de 65 anos. O crime ocorreu no dia 28 de abril, no Sítio Jardim do Éden, área rural do município.

A decisão é do juiz Vitor Dias Zampieri, na segunda sentença de pronúncia relacionada ao caso. De acordo com o magistrado, existem indícios suficientes de autoria contra Ângelo, com base nos testemunhos colhidos durante a instrução e nas demais provas produzidas. Além disso, o réu, em interrogatório extrajudicial, confessou a prática do crime, detalhando a dinâmica dos fatos.

O juiz rejeitou a tese de legítima defesa apresentada pelo acusado, argumentando que “não obstante as alegações defensivas, a tese de legítima defesa não restou demonstrada de forma inconteste. Os elementos colhidos em juízo não permitem reconhecer, com a segurança exigida para a absolvição sumária, que a conduta do acusado ocorreu sob o pálio dessa excludente, cabendo ao Conselho de Sentença dirimir eventual dúvida.”

Segundo a decisão, a versão defensiva apresentada por Ângelo diverge frontalmente dos demais relatos colhidos durante o processo. A conduta do acusado foi considerada agressiva, em desacordo com a moderação exigida pela lei penal, especialmente diante das conclusões do laudo pericial do exame em local de morte violenta n. 1908/2025. O laudo apontou que a vítima sofreu doze ferimentos por instrumento perfurocortante e um ferimento de arma de fogo.

O comportamento de fuga do réu após o crime também foi destacado pelo magistrado como incompatível com a alegada legítima defesa. Além disso, mesmo que se admitisse a ocorrência de alguma agressão prévia, a reação do acusado não foi proporcional, uma vez que utilizou facão e arma de fogo, atingindo a vítima com ao menos um disparo e diversas lesões perfurocortantes.

O crime, classificado como homicídio qualificado, foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que o acusado teria atacado de surpresa, valendo-se de faca e arma de fogo.

O julgamento ainda não tem data definida, mas será realizado em Deodápolis. O juiz também manteve a prisão preventiva de Ângelo Gabriel Pereira França.

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