Comerciantes reclamam de falta de organização e diálogo da prefeitura no Natal do Centro
CDL-CG e lojistas apontam problemas com shows, interdições, estacionamento e transporte público durante período decisivo para o comércio
17 DEZ 2025 • POR Taynara Menezes • 16h27Os eventos natalinos na região central de Campo Grande trouxe expectativa de aumento nas vendas para os comerciantes da região, mas também gerou críticas à organização e à comunicação da prefeitura.
O presidente da CDL-CG, Adelaido Vila, afirmou que, apesar da iniciativa ser positiva, a falta de diálogo com o Executivo municipal prejudicou o setor. “Estamos felizes por conta de termos aí eventos natalinos acontecendo na área central, mas lamentavelmente a ausência de diálogo com a prefeitura acaba que emperra algumas coisas”, disse.
Entre os problemas apontados estão a falta de estacionamento, interdições de vias e shows em frente às lojas. “Os shows, os eventos que acontecem na porta de alguns estabelecimentos impedem completamente que esse estabelecimento consiga vender, porque o som adentra o estabelecimento e fica impossível qualquer tipo de comercialização dentro desses locais”, afirmou.
A paralisação do transporte público também preocupa. “Hoje nós estamos vivendo aí o sério problema do transporte público. Sem trabalhadores essas lojas lamentavelmente não vão conseguir funcionar da forma adequada e pior ainda, muitos dos clientes nossos não virão ao centro pela ausência do transporte público”, disse Adelaido.
Uma lojista da Rua 14 de Julho relatou que os eventos e a decoração não atraíram público suficiente e impactaram diretamente as vendas. “Nossas expectativas agora para o final do ano seria que o Natal fosse aqui na 14. Mas a bandinha, que era atração, está faltando, então, isso acabou com o nosso movimento no centro, infelizmente”, contou.
Além disso, a comerciante criticou a falta de comunicação prévia sobre shows e interdições. “Sábado passado colocaram um palco aqui na frente da loja. Com o som aqui dentro, a gente não conseguia atender, entendeu? Tivemos que fazer o que? Fechar”, concluiu.