Brasil e Paraguai se fortaleceram na vigilância em saúde na fronteira em 2025
Primeira Sala de Situação Binacional permitiu monitoramento conjunto, alinhamento de protocolos e respostas mais ágeis a riscos epidemiológicos ao longo do ano
30 DEZ 2025 • POR Taynara Menezes • 10h39A cooperação entre Brasil e Paraguai em 2025 resultou em um dos maiores avanços recentes na vigilância em saúde da região de fronteira de Mato Grosso do Sul. A inauguração da primeira Sala de Situação Binacional consolidou o trabalho integrado entre os dois países e permitiu o acompanhamento conjunto de indicadores epidemiológicos, doenças transfronteiriças, riscos emergentes e movimentação populacional, garantindo decisões coordenadas e baseadas em evidências.
O secretário de Estado de Saúde, Maurício Simões Corrêa, avaliou que a iniciativa representou um marco para o ano. “O ano de 2025 nos mostrou o poder da integração. A Sala de Situação é muito mais que um espaço físico; é uma estratégia permanente que coloca Brasil e Paraguai lado a lado na proteção da saúde da nossa população. Foi um ano de entregas históricas”, afirmou.
Entre as ações realizadas, destacou-se também a atualização e formalização do mapeamento estratégico da faixa de fronteira, que organizou informações sobre capacidades, fragilidades e necessidades dos municípios dos dois países. O documento se tornou referência para planejamento integrado, definição de áreas prioritárias e pactuação de respostas a surtos, emergências sanitárias e eventos climáticos. Para a secretária adjunta de Estado de Saúde, Crhistinne Maymone, o processo trouxe mais precisão à gestão.
“O mapeamento nos deu clareza e direção. Hoje sabemos onde estão os riscos, como agir de maneira integrada e quais estratégias garantem maior efetividade na fronteira. Foi um ano decisivo para transformar dados em ação”.
Sob coordenação da Superintendência de Vigilância em Saúde, equipes brasileiras e paraguaias realizaram visitas técnicas, reuniões e análises conjuntas, o que alinhou protocolos e fortaleceu a vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental. Segundo a superintendente Larissa Castilho, o trabalho consolidou um novo patamar de integração.
“A fronteira se tornou um território compartilhado de vigilância. Conseguimos alinhar práticas, acelerar fluxos de informação e trabalhar de forma muito mais coordenada. Isso fez diferença direta na prevenção e no controle de doenças”.
Com sistemas interoperáveis e ferramentas digitais, a Sala de Situação Binacional passou a permitir análises em tempo real e visualização integrada dos indicadores dos dois países. O coordenador de Tecnologia de Informática e Informação da SES, Marcos Espindola, destacou esse avanço.
“Construímos uma base robusta, moderna e preparada para crescer. A tecnologia aplicada este ano tornou a vigilância mais precisa, rápida e inteligente. A fronteira agora opera com informações que fazem diferença na tomada de decisão”, afirmou.
Com a estrutura consolidada em 2025 e o diálogo binacional fortalecido ao longo do ano, a cooperação entre Brasil e Paraguai se manteve como estratégia essencial para proteção das populações fronteiriças e para uma vigilância mais moderna, articulada e integrada internacionalmente.