Índios deixam fazenda de Miranda sob tiros e evitam conflito
7 ABR 2011 • POR João Garrigó • 07h53
De acordo com o índio Valehe Terena, de 30 anos, havia rumores sobre ataque por parte dos fazendeiros. Segundo ele, por volta das 20h, grupo de fazendeiros, funcionários e pistoleiros foram ao local do acampamento indígena. “Ouvi uns cincos disparos. Nessa hora, a Polícia Federal chegou”, relata.
Segundo ele, o grupo permaneceu no local e ninguém foi detido. “Para não ter confronto, saímos de lá às 5h de hoje”, conta.
De acordo com o coordenador regional do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Flávio Machado, a PF orientou que os indígenas deixassem o local por falta de segurança. Hoje, por volta das 5h os terenas retornaram à fazenda Petrópolis.
A assessoria de imprensa da PF informou que a equipe que foi até Miranda ainda não chegou a Campo Grande, portanto não há detalhes da ação.
A portaria do Ministério da Justiça reconhecendo a área indígena é de 2007. Desde então, há uma guerra judicial e diversas ocupações em busca da posse das terras.
No ano passado, o procedimento administrativo de demarcação foi parcialmente suspenso por decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), em beneficio de Pedrossian.
A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou a depositar R$ 1,3 milhão em juízo, referente ao valor das benfeitorias. Mas os proprietários não aceitaram o acordo e recorreram.
Com informações do jornal eletrônico Campo Grande News.