Política

Caso de Eduardo Cunha já é o mais longo da história do Conselho de Ética

Nesta terça, delator repetiu ter repassado a Cunha 4 milhões em propina. Deputado nega

27 ABR 2016 • POR • 10h43
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha - Reprodução

Via El País

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ostenta uma nova marca: o processo que o investiga por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética já é o mais demorado da história da instância. Já se passaram 173 dias desde a abertura da representação e ainda falta mais de um mês até que o trâmite seja concluído. A novela teve mais um capítulo nesta terça-feira, quando o lobista Fernando Soares, conhecido como Baiano, confirmou no conselho o teor do depoimento que deu na Operação Lava Jato no qual detalha como pagava propina ao Cunha. Segundo ele, um emissário de Cunha recebeu 4 milhões de reais em espécie como pagamento da intermediação de um negócio com outro lobista, Julio Camargo, da empreiteira Toyo Setal. O parlamentar nega que tenha recebido propina dentro do esquema que desviou bilhões de reais da Petrobras.

Para os opositores, as declarações de Baiano comprovam a quebra de decoro do deputado, enquanto seus defensores afirmam que as palavras não têm valor, pois não há provas documentais dos pagamentos ilícitos.