Hipertensos buscam vacinas contra H1N1, mas não estão no grupo de risco
Apenas hipertensão não é suficiente para receber imunização
4 MAI 2016 • POR Rafael Belo • 11h46Centenas de pessoas com hipertensão têm ido às Unidades Básicas de Saúde de Campo Grande tentar tomar a vacina contra H1N1, mas saem de lá frustradas. O motivo é não estarem no grupo de risco. “Hipertensos que não têm nenhuma doença associada aos grupos de riscos, não são prioridade da campanha”, declarou a assessoria de imprensa da Prefeitura da Capital.
Ao chegar às unidades de saúde, os hipertensos precisam apresentar a carteirinha e se não houver constatação de nenhuma doença crônica a vacina não será aplicada. Podem ser imunizadas crianças de seis meses a 5 anos de idade, idosos e gestantes. Para confirmar quais são as doenças crônicas veja a relação abaixo:
*Doenças respiratórias crônicas desde a infância: fibrose cística, displasia broncopulmonar.
*Asmáticos (portadores de formas graves): conforme Protocolo da Sociedade Brasileira de Pneumologia.
*Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): E outras doenças com insuficiência respiratória crônica. Exemplos: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses.
*Doença neuromuscular: Com comprometimento da função respiratória. Exemplo: distrofia neuromuscular.
*Imunodeprimidos: Pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico.
*Diabetes mellitus
*Doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral.
*Doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise.
*Doença hematológica: hemoglobinopatias
*Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos: doença reumática autoimune, doença de Kawasaki.
*Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca
*Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica, como:
Falta
A procura da vacina decorreu em falta da mesma devido ao Ministério da Saúde ter enviado apenas 50% do necessário. Em nota a COSEMS/MS (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) esclareceu a falta de vacinas.
“muitas Unidades de Saúde nos municípios funcionaram apenas enquanto duraram os estoques do imunobiológico.Isto ocorreu por força do desabastecimento nacional da vacina, que dificultou aos municípios realizar a ação do Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe (H1N1) – Dia D”.
A nota segue com o posicionamento da entidade. “O COSEMS/MS por meio de sua Diretoria compartilha com os usuários do Sistema Único de Saúde a perplexidade diante do ocorrido e seu presidente, Frederico Marcondes Neto reforça que: “além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por gripe. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar, utilizar álcool gel nas mãos e, caso julgue necessário, utilizar máscara de proteção”.
Vejas abaixo a nota completa.
Nota de Esclarecimento sobre “falta de vacinas contra H1N1” nos municípios de Mato Grosso do Sul
O Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul – COSEMS/MS serve-se por meio desta nota para informar a comunidade sul-mato-grossense que, lamentavelmente, no dia 30 de abril de 2016, dia D de Vacinação contra a Gripe, muitas Unidades de Saúde nos municípios funcionaram apenas enquanto duraram os estoques do imunobiológico.
Isto ocorreu por força do desabastecimento nacional da vacina, que dificultou aos municípios realizar a ação do Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe (H1N1) – Dia D.
A escassez da vacina é um enorme problema de saúde pública e desvirtua as orientações técnicas do seu uso e uma grande falta de respeito aos usuários considerados elegíveis dentro desta política pública de saúde.
Em Mato Grosso do Sul o público-alvo corresponde a uma população de 667.922 pessoas, sendo a meta de imunização 80% deste público. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde foram enviados pelo Ministério da Saúde apenas 50% do estoque necessário e segundo a Sra. Ângela Lopes, superintendente geral de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, nesta semana chegam outros 30% e na próxima semana os restantes 20%.
A Secretaria de Saúde do Estado é responsável pela realização da ação do Dia Nacional de Vacinação contra a Gripe (H1N1) – Dia D e, sabendo que não havia estoque suficiente, não abortou a realização do Dia D.
As Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul aguardam o reabastecimento da vacina para reprogramar os roteiros anteriormente previstos.
O COSEMS/MS por meio de sua Diretoria compartilha com os usuários do Sistema Único de Saúde a perplexidade diante do ocorrido e seu presidente, Frederico Marcondes Neto reforça que: “além da vacinação, a população deve adotar medidas de prevenção para evitar a infecção por gripe. Medidas de higiene, como lavar sempre as mãos e evitar locais com aglomeração de pessoas que facilitam a transmissão de doenças respiratórias, cobrir a boca com o braço ao tossir ou espirrar, utilizar álcool gel nas mãos e, caso julgue necessário, utilizar máscara de proteção”.