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Serralheiro com suspeita de H1N1 espera vaga há uma semana, mesmo com decisão judicial

9 MAI 2016 • POR Liziane Berrocal • 17h42

Com decisão judicial nas mãos, Fernando Brites, 57 anos, está internado há quase uma semana na UPA do Coronel Antonino. Após muitos exames e não conseguirem detectar nada, a família foi então informada que poderia ser H1N1. Quem relata o sofrimento do serralheiro é o sobrinho dele, Rafael Brites Teixeira.

“Ele não fica mais em pé, não fica sem o oxigênio, está usando fraldas e agora, desde sexta-feira estamos esperando a transferência dele para um hospital que só foi conseguida por ordem judicial na sexta-feira, mas até agora nada”, reclama.

Segundo o rapaz, Fernando Brites está internado desde terça-feira passada. “Vários exames foram feitos e nada foi constatado, e por último disseram que era suspeita de H1N1”, conta. Diante do agravamento do quadro, a família procurou a defensoria pública para pedir tutela antecipada, ou seja, que o Estado oferecesse uma vaga em hospital.

O juiz Alexandre Branco Pucci, do Juizado Especial de Fazenda Publica concedeu o pedido na sexta-feira (6), porém o Estado ainda será notificado. Segundo a decisão, o Estado está obrigado a garantir internação para tratamento em hospital de referência, sob pena de seqüestro de numerário par que seja cumprida a decisão. A causa tem o valor de R$ 30 mil.

A reportagem tentou contato com a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), eles já entraram em contato com os hospitais de referência para solicitar vagas, e o que é feito é estabilizar pacientes e continuar os cuidados, no entanto, a prioridade não é pelo tempo e sim classificação de risco, e sintomas de H1N1 é classificação amarela, e a prioridade é em classificação vermelha. Já a secretaria de comunicação do Estado pediu mais informações sobre o caso e deve responder a solicitação.