Geral

Álcool e ciúmes levam a aumento dos casos de violência doméstica no feriado de Corpus Christi

Casos de agressão física dentro de casa são incentivados pela ingestão do álcool

27 MAI 2016 • POR Júlia de Freitas • 16h38
Imagem Ilustrativa - Reprodução

Em dia de feriado, a oportunidade de relaxar e se divertir pode também levar à tragédia, e o pior: dentro da própria casa .Após festas ou confraternizações regadas à álcool, o aumento do número de denúncias de violência doméstica cresce e as justificativas para os atos violentos variam, mas o ciúmes predomina.

Em Dourados, por exemplo, um casal na volta de uma festa na casa de parentes, iniciaram uma discussão que resultou no marido, Marcos Cavalcante de Souza, 38 anos, utilizando uma arma de choque na cabeça da vítima, Alessandra de Souza Coutinho, de 36 anos, que arremessou um copo no acusado. Após mais agressões físicas de ambas as partes, o acusado teve de ser levado, sendo necessário o uso de algema, pela polícia.

Já em Rochedo, por volta do mesmo horário, Tatiane Silva de Oliveira, de 24 anos, discutiu com o marido, Fernando Novaes, de 26 anos, com quem mora há cerca de 3 anos, após sentir ciúmes de Fernando com Patrícia da Silva Cavalcante, de 29 anos, e anfitriã da festa em que estavam. Segundo Tatiane, o marido teria puxado seus cabelos dentro do carro após a festa e que Patrícia também foi à sua residência, onde quebrou uma garrafa e foi em direção à Tatiane. As envolvidas tiveram de ser separadas por pessoas que estavam no local. Segundo Fernando, não é a primeira vez que a esposa fica violenta ao beber.

Em Naviraí, ao realizar um churrasco em casa, Oseias de Oliveira, de 25 anos, supostamente atacou a esposa, Bianca Silva, de 24 anos, após esta ter pedido para retirar a carne da churrasqueira em função da chuva. Segundo Bianca, o acusado a agrediu diversas vezes com socos e tapas, deixando o rosto inchado. O tio da vítima teve de tirá-la do local. Segundo ela, não é a primeira vez que o esposo a agride.

Em Paranaíba, Hungrea de Andrade, de 26 anos, afirma ter sido agredida pelo namorado, Everton da Silva, de 31 anos. De acordo com a vítima, o casal estava na casa de um amigo bebendo a tarde toda quando por volta das 21h, Everton foi para cima de Hungrea, arranhando o braço da companheira. Após retornarem à residência do casal, dormiram e ao acordarem discutiram de novo levando o acusado a desferir mais golpes em Hungrea.

Na mesma cidade, Adriano Pereira de Souza e Elizangela Alves de Oliveira quando o primeiro chegou em casa sob estado de embriaguez, levando a um desentedimento entre o casal. No meio da discussão, Adriano passou a agredir com tapas a vítima, que teve de se esconder no banheiro. Adriano também foi ferido por Elizângela, que alega legítima defesa. A filha adolescente do casal, de 14 anos, que presenciou os acontecimentos, acionou a Polícia Militar.

Já em Três Lagoas, Marcela da Silva, de 35 anos, afirma que seu companheiro André, iniciou uma crise de ciúmes após beber, que o levou a desferir um soco no rosto de Marcela. 

Casos assim acontecem o ano inteiro e tanto a sociedade quanto seus órgãos representativos não devem fechar os olhos ao problema da violência doméstica que tanto atinge nosso país. Em épocas de feriado, os casos se aumentam, incentivados pelo consumo de bebida álcoolica, que facilmente leva os envolvidos à agressão física. A situação deve ser vista como grave e todas as medidas possíveis para a prevenção da violência devem ser tomadas - uma destas é a denúncia dos casos para averiguação pelas entidades responsáveis.