Crianças da zona rural continuam sem aulas e vereadores acionam MPE e MPF
Presidente da ACP cobrou resolução de Secretaria da Educação
2 JUN 2016 • POR Liziane Berrocal e Fernando de Oliveira • 17h19Os vereadores Chiquinho Telles (PSD) e Eduardo Romero (REDE) acionaram o MPE (Ministério Público Estadual), o MPF (Ministério Público Federal) e a Secretaria de Educação para cobrarem acompanhamento da suspensão do transporte coletivo das crianças de escolas rurais da Capital. O caso foi denunciado nesta quarta-feira (1) pelo JD1 Notícias e levado a tribuna durante a sessão após denúncias de pais e responsáveis das crianças que estão sem aula.
“Não tem cabimento isso, o bilhete diz que não há prazo determinado para mudar isso, que as aulas estão suspensas e depois vão avisar por telefone ou redes sociais. Mas e o ano letivo das crianças? Fica como?”, questionou Telles.
Diante do fato, o vereador encaminhou denúncia ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual. “Tem que acompanhar essa questão, há pelo menos duas escolas que estão sem o transporte e segundo foi nos repassado, seria porque a prefeitura ‘esqueceu’ de renovar contrato ou porque não pagou mesmo, ainda assim prejudicado são os alunos e professores que depois tem que ficar repondo aula”, informou.
Eduardo Romero, que também é professor, destaca que as informações recebidas em seu gabinete sobre a suspensão das aulas é porque um contrato entre a prefeitura e empresas de transporte venceu no dia 18 de maio e o mesmo não teria sido renovado. Por consequência, no dia 1º de junho os serviços foram paralisados.
ACP está ciente de problema e pede resolução a secretária
O presidente do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação (ACP), Lucílio Souza Nobre afirmou que a entidade está ciente do problema e entrou em contato com Leila Cardoso Machado, secretária municipal de educação, e solicitou soluções imediatas.
De acordo com o presidente, uma reunião entre a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e empresas de transporte foi marcada para a manhã dessa quinta-feira (2). “A reunião foi marcada para resolver essa questão o mais rápido possível, essa situação não devia estar acontecendo, as aulas não podiam parar”, conclui Lucílio.
A reportagem enviou e-mail para a assessoria de imprensa da Prefeitura porém não foi obtida resposta sobre o assunto.