Câmara cria CPI da Vacina para investigar sumiço de doses contra H1N1

Vereadores cobram explicações e vacinação de pessoas fora do grupo prioritário

Com as denúncias de sumiço de vacinas, de falta de doses nos postos e a falta de explicação para o destino de milhares – falam-se em 32 mil ou em 3 mil doses de vacinas contra a gripe, a Câmara Municipal aprovou mais uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a situação. A chamada “CPI da Vacina” terá entre os membros os vereadores Alex do PT, Chiquinho Telles (PSD) e Lívio Leite (PSDB). 

“Vamos investigar o sumiço das doses, as denúncias de que pessoas fora do grupo de risco teriam sido beneficiadas e também a falta de explicações da prefeitura para tudo isso que está acontecendo. É um caso de saúde pública”, declarou Alex que vai presidir a comissão. 

Chiquinho Telles aceitou ser membro da comissão e lembrou que esse é mais um dos problemas que a Capital enfrenta na gestão atual. “Não dá para simplesmente falar sumiu enquanto tem pessoas sofrendo e morrendo devido a uma doença que é grave e que já ficou comprovado que o Governo Federal enviou as doses e inclusive desmentiu o secretário de saúde nacionalmente, é uma vergonha”, indignou-se. “E as desculpas da prefeitura são esfarrapadas”, aponta Telles. “Tem gente morrendo, tem criança internada em estado grave e pais desesperados, é preciso apurar, para que não ocorra novamente”.

O vereador Edil Albuquerque (PTB) lembrou que além das vacinas anti-gripe também faltam outros tipos. “Até a vacina anti-rábica não são encontradas nos postos, são várias denúncias de moradores”.

Prefeitura ataca que imprensa maximiza o problema

Na outra ponta, a prefeitura municipal garante que não há problemas. O secretário de Saúde municipal Ivandro da Fonseca não respondeu onde foram parar as doses de vacina. Primeiro ele atacou o Governo do Estado por não disponibilizar a quantidade necessária  foi retrucado e se calou, após isso o disparo foi em direção ao  Instituto Butantan  que foi acusado por ele de fraude, por supostamente  enviar frascos com quantidade inferior de vacina, o que foi desmentido tanto pelo Ministério da Saúde, quanto pela própria entidade.

Diante da falta de explicações para o sumiço das vacinas o secretário ainda postou no aplicativo whatsapp um texto vexatório, acusando a imprensa de ser "marrom" e insistindo na própria versão.
A assessoria de imprensa da Prefeitura afirmou que será feita uma auditoria para analisar o assunto.