Economia

Em MS, criadores manejam o gado por causa das cheias

24 ABR 2011 • POR Luis Henrique Correa - G1 • 06h56
Peões devem retirar 2,4 milhões de cabeças do Pantanal

Criadores de gado formam comitivas para tirar o rebanho das áreas alagadas e seguir para pastos secos.

Em Mato Grosso do Sul o som do berrante anuncia um dia de muito trabalho. A água já está chegando à sede da fazenda de Glaúdio Garcete. O pecuarista faz cria, recria e engorda no Pantanal do Nabileque. Ao todo são 2200 cabeças de gado, que aos poucos estão sendo removidas por causa da aproximação das águas.

Pelo caminho a travessia é difícil. É preciso ter calma. Alguns animais não resistem.

O trabalho continua no mangueiro, é hora de preparar a nova comitiva que vai levar os animais para um lugar seco onde ficam até o fim da cheia.

O Pantanal não para de encher e o fazendeiro não pode perder tempo. Por isso, separa o gado e faz uma viagem de 40 quilômetros até outra fazenda para terminar a engorda. Isso custa caro para o fazendeiro, o gado só volta depois de seis meses.

Os animais mais novos são divididos em lotes de terra onde a água ainda não chegou. Segundo as previsões, o pico de cheia no Pantanal deve ser atingido nesta semana.

Os peões que acompanham a comitiva ganham em média R$ 30 a diária. A viagem dura até duas semanas e como o esforço é grande, o gado perde peso no caminho. O calor é intenso e a mesma água que acaba com os pastos férteis, mata a sede.

A expectativa é que 2,4 milhões de cabeças sejam retiradas do Pantanal por causa da cheia.

Com informações do Globo Rural.