Investigação paralela da Operação Coffee Break inclui vice-governadora e mais seis
Não há sigilo na investigação, mas conteúdo dos celulares estão em segredo de justiça
17 JUN 2016 • POR • 09h56Em defesa as acusações do envolvimento na Operação Coffee Break, que aponta grupo de vereadores que teriam recebido promessas de vantagens, cargos e até dinheiro para votar pela cassação do prefeito Alcides Bernal, a pré-candidata a prefeita de Campo Grande, Rose Modesto, rebate e nega informações não-oficiais sobre a própria participação.
Para Rose, o processo que afastou o atual prefeito é claro quando o fez por nove crimes de improbidade administrativa. “O Ministério Público já pediu condenação do Bernal pelos crimes de improbidade e o Tribunal de Contas reprovou as contas dele. Quero saber se vão investigar aqueles que votaram contra a cassação”, analisa. Foram contrários à retirada de Bernal da gestão municipal: Zeca do PT, Alex do PT, Ayrton Araújo (PT), Cazuza (PP), Paulo Pedra (PDT) e Luiza Ribeiro (PPS)
A investigação paralela que inclui, além de Rose, a deputada estadual Grazielle Machado (PR), Do PSD, Coringa e Chiquinho Telles, do PMDB, Carla Stephanini e Vanderlei Cabeludo e a suplente de vereador Juliana Zorzo (PSC). Apesar das tentativas, alguns advogados afirmaram que não tiveram acesso a este material relatado, que inclui estes nomes que não foram denunciados originalmente.
A investigação complementar é efetuada para “suprir a lacuna que impossibilita a formação da opinio delicti”. Esta informação constaria nos autos. De acordo com o JusBrasil, Opinio delicti é: 1) Opinião a respeito de delito. 2) Teoria segundo a qual o Ministério Público, para oferecer uma denúncia, deve ter ao menos suspeita da existência do crime e de sua autoria.
Como muitos jornalistas questionaram a ausência de alguns nomes na denúncia da Operação Coffee Break, a resposta é que não há nada provado contra o grupo que não foi denunciado. No último mês de maio (31), o procurador-geral de Justiça, Paulo Cezar Passos, divulgou a lista dos denunciados. O despacho foi feito nesta terça (14) e disponibilizado ontem (16), pelo desembargador Luiz Claudio Bonassini. Este também negou a solicitação do Ministério Público Estadual que as investigações ficassem sob segredo de justiça. Porém, o conteúdo dos celulares apreendidos em agosto está em sigilo para respeitar à intimidade dos acusados.