Geral

No frio, moradores de rua aceitam ir para abrigos

Últimos dados apontam que 21 foram acolhidos

21 JUN 2016 • POR Rafael Belo • 10h17
Imagem ilustrativa - rádio caçula

Na última semana, foram acolhidos 21 moradores de rua em Campo Grande, o que normalmente não acontece, mas quando está mais frio eles aceitam a abordagem do trabalho diário, que é feito pelo Serviço Especializado em Abordagem Social/SEAS, subordinado à Diretoria de Proteção Social Especial de Média Complexidade da Secretaria Municipal de Políticas e Ações Sociais e Cidadania/SAS. A SAS não pode obrigar ninguém a ir para os abrigos.

Durante a noite, os moradores em situação de rua são levados para o CETREMI onde recebem alimentação, banho, cama e agasalho e durante o dia são encaminhados para o Centro POP onde recebem todo atendimento psicossocial, almoço, lanche e no final da tarde são levados novamente para o CETREMI. Semana passada, cinco foram levados para suas casas e famílias. Do total dos abordados, 25 preferiram ficar na rua sem atendimento.

Neste período de inverno, as equipes intensificam o trabalho aumentando o número de veículos e de equipes e, proporcionalmente de abordagens. O CETREMI recebe os acolhidos quando a abordagem é feita à noite e o Centro POP quando de dia.

Trabalho

A SEAS/SAS trabalha na incidência de pessoas em situação de rua, abandono, trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes e outros, a fim de realizar encaminhamentos para os diversos serviços da Rede Socioassistencial e identificando nos territórios a incidência de situações de risco pessoal e social, com rompimento de vínculo familiar e violações de direitos de crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e famílias que utilizam os espaços públicos. A abordagem é realizada em processo de trabalho planejado de aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo de confiança com pessoas e famílias em situação de risco pessoal e social nos espaços públicos para atender, acompanhar e mediar acesso à rede de proteção.