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Professora vai ao MP contra Bernal e diz que prefeitura burla concurso

Segundo Ângela Costa, prefeitura quer economizar deixando de contratar professores

23 JUN 2016 • POR • 16h01
A professora Angela Costa - Reprodução

Professora no curso de Pedagogia da UFMS e doutora em Educação, Ângela Maria da Costa publicou em seu perfil no Facebook um post indignado sobre um processo seletivo simplificado para contratação de profissionais da educação publicado no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (23). Segundo Ângela, o cargo é uma “invenção” da prefeitura e significa um retrocesso para a educação. Por essa razão, a professora pretende acionar o Ministério Público.

Conforme edital, o processo seletivo simplificado é para contratação por tempo indeterminado  de 200 profissionais de nível médio para desempenharem funções específicas de agente de atividades educativas infantis. “Não existe essa categoria profissional. Isso é um meio de  contornar a lei, que obriga a contratação de professores. O problema é o professor  é mais caro, então a prefeitura inventa um cargo de nível médio para economizar, mas isso é errado. Vou ao Ministério Público Estadual e ao Federal também”, afirmou.

Ainda de acordo com Ângela Costa, esse tipo de atitude foi tomada em outras gestões. "Os outros prefeitos também fizeram isso. Campo Grande foi a última capital a colocar os Centros de Educação Infantil dentro da Educação. Até 2014 era responsabilidade da Secretaria de Assistência Social. Quando era SAS tudo bem, porque era assistência, mas agora é educação, e o profissional adequado é o professor. Não entendo esse processo seletivo tão rápido sendo que já houve um concurso e há professores aprovados esperando serem chamados", questionou.

Até o fechamento da reportagem, a prefeitura não respondeu sobre o assunto.